Garantir mobilidade ecológica sem sacrifícios. Este é o objetivo para o Mini elétrico, que chega ao mercado na primeira metade de 2020 praticamente com as mesmas características das versões de combustão. A potência será de 184cv e a autonomia chega aos 230km
Se durante muitos anos a tendência das marcas foi criar veículos elétricos com um estilo bem peculiar, essa ideia alterou-se. Exemplo máximo disso é o Mini elétrico agora revelado, que chega precisamente com a mesma imagem exterior da versão de três portas. Com mudanças que não estão facilmente visíveis, como o fundo mais carenado ou o difusor ligeiramente diferente, em termos estéticos este é um Mini puro.
No exterior, a maior diferença são os novos logotipos em forma de tomada, que surgem na frente, traseira e nas laterais. Este traço de identidade surge também na entrada para carregar o Mini elétrico, colocada no mesmo local do bocal de combustível dos irmãos com motor térmico. Além disso, surge uma nova linha decorativa com um chamativo tom amarelo, que se estende até às jantes aerodinâmicas que são disponibilizadas.
Também a bordo o objetivo é que não exista qualquer sacrifício. Isso fica evidente na capacidade de bagageira, que mantém os mesmos 211L extensíveis até 731L do hatchback . No interior as alterações mais evidentes estão nos grafismos do painel de instrumentos digital, onde a superfície de 5,5’’ traz novas informações dedicadas à natureza distinta da motorização. Além disso, o ecrã de infotainment central, com 6,5’’, pode dar lugar a outro com 8,8’’ e onde os serviços do Connected Navigation Plus até apoiam a condução para aumentar a autonomia.
Uma condução dinâmica
Se há uma característica essencial a qualquer Mini, essa é o ‘Go Kart Feeling’. E seguramente a marca não quererá mudar isso, contando com alguns trunfos. Um deles está no peso menor do motor elétrico no eixo dianteiro, que ajuda a obter melhor distribuição das massas. O propulsor debita 184cv e 270Nm, o que permite acelerar até aos 100km/h em 7,3 segundos.
Outro é um centro de gravidade 30mm mais abaixo, mesmo com a altura ao solo a subir 18mm em comparação ao Cooper S. O motivo para isso reside na colocação da bateria em forma de T sob o piso. Com 32,6 kWh de capacidade, este pack garante uma autonomia de 230km.
Quando ligada a uma tomada de 50kW, a bateria consegue atingir 80% da sua capacidade (184km) em apenas meia-hora. Se a tomada for de 11kW, o tempo para este procedimento sobe às 2 horas.
Modo Sport…
Uma das mais agradáveis surpresas para os fãs da marca britânica que querem ser mais ecológicos está no peso do Mini elétrico. Afinal, mesmo com as baterias, a diferença em relação ao hatchback de três portas é apenas de 145kg.
E quando ao modo de condução, não é preciso andar a pisar ovos, pois uma das opções será o Sport. Entre os destaques mecânicos está também um novo controlo eletrónico de estabilidade, único na gama, que garante maior eficácia na gestão da tração.
Os restantes modos de condução são o Mid, o Green e o Green +. Este último é pensado para potenciar ao limite a autonomia de 230km. De tal forma que até impossibilita o uso do ar condicionado e aquecimento dos bancos do Mini elétrico!
Além de gerir os modos de condução, também se poderá optar entre duas modalidades de regeneração de energia. No mais potente será mesmo possível usar a designada condução com um pedal. Afinal, a força de travagem gerada pelo carro será suficiente para reduzir a velocidade.
A chegada ao mercado do novo Mini elétrico deve ocorrer durante a Primavera de 2020. Uma altura em que o modelo britânico de 184cv terá de concorrer com outras propostas recentemente reveladas, como os Peugeot e-208 e Opel e-Corsa de 136cv e também o ‘Honda e’ de 150cv.