A decisão da Mercedes-Benz de oferecer aos proprietários de veículos elétricos (EV) da marca da estrela, mais potência, mediante subscrição, pode, afinal, não ser tão fácil de concretizar, quanto o desejado. Sendo que o problema tem por base, não aspectos técnicos, mas legais.
A notícia é avançada pela edição dos Países Baixos da britânica Top Gear, recordando que, tal como muitas outras marcas automóveis com veículos elétricos (EV) na sua oferta, também a Mercedes-Benz se propõe aproveitar as mais-valias resultantes da Tecnologia, para proporcionar aos seus clientes automóveis permanentemente atualizados e cada vez mais evoluídos. Sendo que, entre as muitas funcionalidades possíveis, grande parte delas pagas sob a forma de subscrição, surge o aumento da potência disponibilizada nos automóveis.
Numa altura em que, por exemplo, na Alemanha, os clientes já dispõem da possibilidade de desfrutar, mediante o pagamento de uma anuidade a rondar os 489€, de um upgrade do software do sistema de rodas traseiras direccionais proposto de série no EQS, com o qual o grau de viragem passa dos standard 4,5°, para 10°, a Mercedes pretendia agora e tal como já faz, de resto, nos EUA, começar a disponibilizar, também aos seus clientes europeus, a possibilidade de disporem de mais potência nos seus EV.

Proposto, do outro lado do Atlântico, por um valor anual de 1.200 dólares (qualquer coisa como 1.150 Euros, aos dias de hoje…) e apenas para algumas versões EQE, EQS e SUVs 100% elétricos, a verdade é que, tudo indica que não será o preço, a impedir a disponibilização de mais este argumento, também no Velho Continente.
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Segundo a publicação, que decidiu ouvir um porta-voz da Mercedes-Benz nos Países Baixos sobre este tema tão sensível, o problema residirá nalguns “aspectos legais”, que impedem os fabricantes de fornecerem atualizações via wireless para os automóveis, que se destinem a desactivar a limitação da velocidade máxima.
O caso Polestar 2
Apesar desta situação, que, pelos vistos, deverá impedir a Mercedes-Benz que disponibilizar mais esta subscrição na Europa, o site Motor1 também recorda que, por exemplo, o Polestar 2, recebeu, já no final de 2021, um ‘Performance Software Update’, que, centrado nas prestações, que elevou a potência do modelo dos 408 cv para os 476 cv (dos 300 para os 350 kW), assim como o binário dos 660, para os 680 Nm.

A par destas subidas, o upgrade veio garantir, ainda, uma nova função de Launch Control, assim como uma revisão da resposta ao acelerador, de forma a garantir respostas mais imediatas e rápidas.
Contudo e face ao pretendido pela Mercedes-Benz, a Polestar decidiu disponibilizar este upgrade, não como uma subscrição mensal ou anual, mas como uma melhoria permanente e definitiva para todas as unidades do modelo.