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Mercado automóvel português ainda no vermelho mas com BEV em forte subida

Texto: Francisco Cruz
Data: 3 de Março, 2023

À procura da recuperação plena, depois de vários golpes resultantes de crises económicas e pandemias, o mercado automóvel em Portugal mantém-se, no entanto e neste início de 2023, ainda em terreno negativo. Isto, apesar do forte crescimento, também em fevereiro, protagonizado pelos veículos elétricos a bateria, ou BEV.

De resto e ainda sobre os elétricos a bateria, realce para os 2.592 veículos ligeiros de passageiros matriculados em fevereiro, número que representa uma subida de 143,4 por cento face ao mesmo mês de 2022, mas também um crescimento de 139,3 por cento, quando comparados os resultados dos dois primeiros meses deste ano, com igual período do ano transacto.

Alargando a pesquisa também aos híbridos e híbridos plug-in, subidas não tão acentuadas, mas ainda assim significativas, com o mercado nacional a crescer 60 por cento (7.163 veículos) em fevereiro, quando comparado com o mesmo mês de 2022, assim como 59,3 por cento (13.433), na comparação entre os dois primeiros meses de 2023 e 2022.

Parque carros

Falando dos veículos de mercadorias elétricos e eletrificados, subidas, também, nos ligeiros de mercadorias, protagonistas de uma subida de 101,1 por cento (175 unidades matriculadas) em Fevereiro, face ao mesmo mês de 2022, assim como de um crescimento de 76,6 por cento (341 veículos) em janeiro e fevereiro de 2023, face a igual período do ano anterior.

Especificamente no caso dos BEV, a subida traduziu-se nuns 96,6 por cento em Fevereiro, assim como 75 por cento, no acumulado dos dois meses.

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Desta forma, em perda, entre os veículos eletrificados, apenas os pesados, os quais, em fevereiro último, protagonizaram uma queda de 90,5 por cento face ao mesmo mês de 2022, com apenas dois veículos novos matriculados, enquanto, no acumulado, o recuo foi de 83,9 por cento, em relação a igual período do ano transacto.

Mercado ainda no vermelho… mas a recuperar

Já numa abordagem ao mercado automóvel nacional como um todo, os dados da ACAP – Associação Automóvel de Portugal mostram mais um mês no vermelho, com fevereiro a terminar com uma queda de 13 por cento, face ao mesmo mês de 2019, o último ano antes da chegada da pandemia de COVID-19 e consequente confinamento, com um total de 18.518 veículos automóveis matriculados.

Pelo contrário e quando feita a comparação com o último ano, 2022, o resultado é de uma subida de 36,2 por cento.

Finalmente e já numa perspectiva de categorias e tipos de veículos, nota para os 16.080 ligeiros de passageiros novos matriculados em fevereiro de 2023 e que contribuem para um acumulado de 30.179 unidades, nos dois primeiros meses do ano. Números que também representam, no primeiro caso, uma queda de 15,1 por cento face a 2019 e um crescimento de 38,4 por cento face a 2022, ao passo que, no segundo, uma descida de 11,5 por cento comparativamente a 2019 e uma subida de 43,0 por cento relativamente a 2022.

Nos ligeiros de mercadorias, fevereiro trouxe uma queda de 22,9 por cento (2.36 unidades) face ao mesmo mês de 2019 e de 7,6 por cento face ao segundo mês de 2022, sendo que, no acumulado (4.222 em 2023), as diferenças foram de -24,2 por cento relativamente a 2019 e de +3,0 por cento comparativamente a 2022.

Nos pesados, um total de 402 veículos novos matriculados em fevereiro deste ano, o que representa um recuo de 18,8 por cento face ao mesmo mês de 2019 e um aumento de 4,4 por cento comparativamente a 2022, enquanto, no acumulado de janeiro e fevereiro, que em 2023 representou um total de 1.032 unidades matriculadas, as diferenças foram de -3,6 por cento face a 2019 e +24,5 por cento relativamente a 2022.