Marine Le Pen pretende replicar política de Trump

Designando o ato como patriotismo económico e protecionismo inteligente, a líder da extrema-direita francesa também pretende o repatriamento do fabrico de automóveis de marcas francesas para o país de origem.   Procurando implementar em solo europeu uma política que está a dar frutos nos Estados Unidos (bastando ver o exemplo da Ford), a líder da Frente Nacional francesa, Marine Le Pen, também pretende obrigar os fabricantes do seu país a trazer de volta a produção dos seus automóveis para solo nacional. Considerando que Trump "tem estado a colocar em prática medidas que eu venho pedindo desde há vários anos", a candidata presidencial da extrema-direita gaulesa propõe a introdução de novas taxas fiscais superiores para os automóveis dos fabricantes franceses que sejam produzidos fora de portas. Em entrevista ao canal France 2, Le Pen definiu esta política como "patriotismo económico e protecionismo inteligente", afirmando que "não me chateia explicar às empresas francesas que não podem escapar a impostos que deviam estar a pagar em França, não podem produzir off-shore sem sofrerem as consequências… uma escolha tem de ser feita, uma escolha de patriotismo". Esta abordagem económica promete ser uma das questões a marcar as eleições francesas, já que François Fillon, que segundo as sondagens irá disputar a segunda volta e vencer Le Pen, opta por um programa mais liberal e com a redução do envolvimento do estado nas empresas. Em entrevista no último mês este candidato defendeu mesmo a venda das participações estatais em grandes empresas. Na altura apontou como exemplo a participação de 20% que o Estado Francês tem na Renault (é também um dos maiores acionistas do Grupo PSA), referindo que esta situação não impediu o fabricante de construir unidades de produção no estrangeiro.
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