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“Marcas das marcas” – Os casos de sucesso


Data: 17 de Outubro, 2017

Foi hoje apresentada a Polestar, uma marca que deriva da Volvo e que se vai focar no desenvolvimento de modelos 100% elétricos. Mas a história do mundo automóvel está recheado de exemplos de casos onde as marcas criam siglas ou até “submarcas” que se destinam a explorar de forma mais evidente vários atributos. Habitualmente dividem-se em três campos: luxo, performance e eficiência (com os elétricos). Não vamos referir aqui versões específicas, como os JCW da Mini, os GTi tanto da VW ou os Quadrifoglio da Alfa Romeo, mas antes outras siglas que ganharam liberdade total ou parcial e trabalham de forma independente. Descubra agora na galeria de imagens seguintes as “marcas das marcas” que ficaram para a história.

Ford RS – Criada em 1968, está quase a completar 50 anos. Iniciou-se com o Taunus 15M de rallies com tração dianteira.
Em 1970 ganha notoriedade com o inesquecível Escort 1600 RS, que deu início a uma história de sucesso que culminou recentemente em máquinas como o incrível Focus RS.
Gordini – Após uma primeira vida sob liderança da Renault entre 1968 e 1978, regressou em 2010. A sua história tinha já começado, no entanto, com Amédée Gordini, que desenvolvia versões de performance desde os anos 30.
Nos anos 50 surgiram os primeiros Renault-Gordini que correram as 24H de Le Mans, e para a história ficaram modelos de produção incríveis como os Renault 5 e 8 Gordini. No novo milénio regressou com o Clio e o Twingo.
BMW M – Desde 1972 tem vindo a significar “topo das performances” para a marca bávara e é provavelmente a sigla de maior sucesso na história. Além de históricos como o M1 de 1978, continua a surpreender com décadas de modelos como o M3 e M5.
Apesar de criar versões “M” e packs para vários modelos e SUVS da casa bávara, os “puro-sangue” da BMW M distinguem-se por ostentarem na porta a designação BMW M GmbH, ao invés do usual BMW AG, mostrando que pertencem a uma estirpe diferente…
Alpine – Após ter vivido sob égide do losango gaulês entre 1973 a 1995 vai surgir de forma independente a partir de 2018.
A firma foi criada por Jean Rédele em 1955 e no ano em que foi adquirida pela Renault conquistou um dos seus maiores feitos, batendo marcas como a Porsche e a Lancia para arrebatar o Mundial WRC com o A110.
Este modelo ficou tão famoso que a sua designação renasce agora no novo coupé da marca. Outro facto interessante é que a original fábrica da Alpine, em Dieppe, é hoje a casa da Renault Sport.
Quattro – Mais uma marca que chegou com toda a força no Mundial de Rallies, onde o UR-Quattro dominou logo desde a fundação da divisão, em 1983.
Além de designar o sistema de tração integral da marca alemã, oif nesta divisão que nasceram bólides como o R8 e os poderosos RS. A divisão desportiva mudou de nome em 2016, dando-lhe liberdade para criar modelos como o novo Audi R8 RWD.
Nismo – Nascida em 1988, é provavelmente a mais famosa divisão de performance de uma marca japonesa.
Quase todas estas marcas começaram com um caso de sucesso, que para a Nissan foi a versão mais desportiva do Skyline. Hoje em dia destaca-se principalmente pela versão de topo do GT-R, mas também assina modelos como o Juke Nismo e poderá futuramente até criar um Leaf Nismo.
Acura – Em 1989 tornou-se na primeira marca de luxo de um fabricante japonês, e ao longo da história já fez veículos próprios e adaptou modelos da Honda e também se focou em viaturas de performances superiores.
Sem grande expressão na Europa, tem revelado uma grande força nos Estados Unidos. De tal forma que o superdesportivo híbrido que conhecemos como Honda NSX é chamado de Acura NSX do outro lado do Atlântico.
Lexus – No mesmo ano em que a Honda funda a Acura, a Toyota faz nascer a Lexus.
Ao contrário dos seus compatriotas, a Lexus tem ganho expressão mundial e nos últimos anos tem tirado frutos da combinação entre qualidade superior de materiais e acabamentos com as tecnologias híbridas do Grupo Toyota.
Infiniti – Também a Nissan tem um símbolo próprio para os seus modelos de luxo, que nasceu no final da década de 80 para atacar os segmentos premium do mercado.
Modelos como o Q50, que até tem uma versão Eau Rouge que presta tributo a Spa-Francorchamps, e SUVS como o QX80 têm vindo a estar na origem do seu sucesso.
AMG – Foi integrada em 1999 na Mercedes, mas esta história começou muito antes. Mais precisamente, em 1967 pela mão de dois antigos engenheiros da marca de Estugarda: Hans Werner Aufrecht e Erhard Melcher.
Desde os mais compactos (com o motor 2.0L mais potente do mercado a debitar 381CV no A45 AMG) até topos de gama como o S65 AMG, tem criado versões de topo para vários dos modelos da marca da estrela. Até SUVS como o GLE 63…
Tem também um modelo próprio, com o Mercedes-AMG GT e é ainda o seu símbolo que surge na frente do estratosférico Project One. Há muitos especialistas que afirmam mesmo que é de Affalterbach que saem os melhores carros do mundo…
Maybach – Esta divisão está para o luxo na Mercedes como a AMG está para as performances: no topo da linhagem. O seu nome é um tributo a Wilhelm Maybach, que entre 1909 e o fim da Segunda Guerra Mundial criou carros de luxo com preços extremamente elevados.
Com a sua versão do Classe S consegue rivalizar com marcas como a Rolls-Royce a Bentley. E isso evita a necessidade de mais explicações sobre a sua qualidade…
SRT – Street and Racing Technology ou, se preferir, os mais potentes modelos da Chrysler, Jeep e Dodge desde 2003.
O pináculo das performances no Grupo FCA tem espantado o mundo com máquinas como o Challenger SRT Demon, que além de ser o mais potente muscle car da história é “apenas” capaz de superar o Bugatti Chiron na aceleração 0-100km/h
OPC – Criada em 1997, representa o topo das performances da Opel. No Reino Unido, onde a Opel é conhecida como Vauxhaull, a Opel Performance Centre é designada VXR.
Além das famosas versões de topo de modelos como o Corsa e o Astra, também representa a marca em campeonatos desportivos como o TCR.
Abarth – Em 2007 o símbolo do escorpião foi recuperado pela Fiat, trazendo de volta o mítico símbolo utilizado por Carlo Abarth nas décadas de 50 e 60.
O seu 124 é especial, mas tem-se destacado principalmente pelas loucas versões do Fiat 500, com projetos insanos como o do 695 Biposto.
DS – O nome daquele que é provavelmente o mais belo Citroën da história deu origem já este século a uma “submarca” do Double Chévron.
Após modelos como o DS3 ou DS4, tornou-se totalmente independente e fez uma trajetória rumo aos segmentos premium já na liderança de Carlos Tavares do Grupo PSA. Será, no entanto, preciso mais algum tempo para fazer o balanço desta opção estratégica
BMWi – Em 2013 a marca bávara tornou-se na primeira a destacar o desenvolvimento de híbridos e elétricos com uma marca específica.
Através do i3 e, especialmente, do desportivo i8, deu início a uma história que tem sido coroada de sucesso. Além da prevista expansão da gama, também passou a “emprestar o nome” para os híbridos iPerformance dos modelos da BMW.
SVO – Desde 2014 que esta divisão significa modelos especiais do Grupo Jaguar Land Rover.
Destaque para modelos desportivos como o Range Rover Sport SVR que já foi líder entre os SUVS no Nurburgring, com as criações da SVO a dividirem-se entre veículos de performance, off-roaders de luxo e, no pináculo da oferta, os SVAutobiography.
e-Tron – Tal como os seus compatriotas da Baviera, também a Audi está a criar uma divisão focada na mobilidade elétrica.
Aproveitando para o nome o sucesso obtido em Le Mans, conta já com híbridos como o A3 Sportback e-Tron e vai lançar um SUV100% elétrico já no próximo ano.
Genesis – Não confundir com a banda de Phil Collins, neste caso trata-se de uma divisão premium da Hyundai.
Nasceu em 2015 com o G90 e depois veio o G80. Nos últimos meses voltou à ribalta com o G70, que infelizmente não vem para a Europa.
EQ – Tal como na atualidade, também no futuro a Mercedes, Audi e BMW pretendem dominar os premium nos veículos elétricos. Para a marca de Estugarda isso tem um nome: EQ.
A Daimler chegou mais tarde que os seus rivais, mas veio em força para a mobilidade elétrica. Terá um primeiro SUV já em 2018 e mais de uma dezena de propostas no portefólio nos primeiros anos da próxima década.
Polestar – Nasceu hoje como marca independente. Antes significava modelos de performance da Volvo, agora alia essa dinâmica superior com a mobilidade elétrica.
O Polestar 1 será o único híbrido da marca, pois foi já anunciado que os futuros sedan de medio porte e SUV de grandes dimensões vão ser totalmente elétricos.
Hyundai N – Foi criada em 2016, mas na sua liderança está alguém com muitos anos de experiência na criação de desportivos. Falamos de Albert Biermann, que durante quatro décadas mandou na BMW M.
O seu primeiro modelo foi o compacto desportivo i30 N, que está disponível em versões de 250CV e 275 CV e recebeu muitos elogios logo na estreia.
RS – Nascida em 1976 pela fusão na competição da Gordini e da Alpine, também se focou posteriormente no desenvolvimento de modelos de estrada.
O mais famoso da atualidade é sem dúvida o Mégane RS, que herda a importante tarefa de tentar recuperar o recorde de Nurburgring que a anterior geração deteve durante muitos anos.