Marcas alemãs juntam-se para criar software comum para elétricos

A BMW, Volkswagen, Mercedes-Benz e outras empresas alemãs uniram-se para criar uma plataforma de software comum para veículos elétricos, como resposta à concorrência chinesa.

Onze das maiores empresas automóveis alemãs - incluindo a BMW, Volkswagen, Mercedes-Benz, Continental e a Hella - uniram forças parar criar uma plataforma de software comum para veículos elétricos.

A iniciativa, formalizada pela assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU) durante o 29.º Congresso Internacional de Eletrónica Automóvel, conta com o apoio da Associação Alemã da Indústria Automóvel (VDA) e visa tornar o desenvolvimento de software mais rápido, seguro e eficiente.

Resposta ao avanço chinês

Esta aliança estratégica surge como resposta ao avanço rápido dos fabricantes chineses, que estão a revolucionar o setor automóvel com ciclos de desenvolvimento mais curtos e soluções centradas no software.

Ao contrário dos construtores europeus, que seguem metodologias mais tradicionais e baseadas em testes reais, as marcas chinesas têm apostado em simulações avançadas que permitem acelerar o tempo de colocação dos veículos no mercado.

Uma nova abordagem

O novo software estará inserido num novo ecossistema que será caracterizado por uma abordagem open-source (de código aberto) e modular.

Esta abordagem irá permitir que os fabricantes possam partilhar os componentes de software, sem comprometer a identidade de cada marca.

Assim sendo, a ideia principal é eliminar cópias de software, melhorar a segurança digital e acelerar os ciclos de desenvolvimento.

Disponível em 2026

Dr. Christoph Grote, vice-presidente sénior da BMW para a Eletrónica e Software, destacou a importância dos ecossistemas open-source, afirmando que “são um fator-chave para o desenvolvimento de soluções de mobilidade”.

Esta nova plataforma modular deverá suportar condução autónoma e estará disponível para outras empresas da indústria até 2026.

Esta estratégia contrasta com a de outras empresas, como a General Motors, que optou por desenvolver plataformas de software internamente.