Temos consciência de que qualquer tunning implica um acerbar das linhas e imagem do carro que lhe está na base… mas, assim, também é demais! O “crime”, perpetuado num Ferrari Purosangue, foi levado a cabo pelo conhecido preparador alemão Mansory e, mesmo garantindo um ligeiro aumento de potência e desempenho… como diria um conhecido comediante da nossa praça, “não havia nexessidade!”.
Rebatizado de Mansory Pugnator, nome que deriva da palavra latina “combatente”, o tunning aqui apresentado e que tem por base o já famoso Ferrari Purosangue, é descrito pela própria Mansory como uma conversão completa de um modelo que, a fazer fé nos esforços da empresa alemã, não terá uma imagem suficientemente desportiva, ou até mesmo radical, capaz de agradar aos clientes do preparador.
Assim e para começar, a Mansory começou por aplicar no SUV italiano um ostensivo kit de carroçaria em carbono forjado na cor correspondente ao acabamento Vermelho Vermillion que o automóvel já apresentava, ao mesmo tempo que, por exemplo, trocava os icónicos emblemas do Cavallino Rampante, pelos seus próprios emblemas.
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Contudo, o desafio acabou indo bem mais longe, com a empresa alemã a aplicar no Purosangue alargamentos de carroçaria sobre alargamentos de carroçaria, tornando o primeiro SUV da marca de Maranello numa espécie de Purosangue inchado de esteróides. Mas que a Mansory garante, por exemplo e no caso das exageradas entradas no pára-choques dianteiro, “melhorarem significativamente” a força descendente no eixo dianteiro.
Repleto de apêndices, barbatanas e outras soluções aerodinâmicas, o Pugnator conta, ainda, com um capot feito inteiramente em fibra de carbono, a par de uma traseira que, além de uma asa traseira tão grande que parece vinda da aviação, um painel traseiro em carbono forjado e um enorme e espampanante difusor, a albergar saídas de escape quádruplas!
Finalmente e porque a ostentação não se fica por aqui, novas jantes em liga leve forjada FC.5 de peça única, com 22 polegadas à frente e 23 polegadas atrás, além de pneus de elevada performance, mas de origem tão desconhecida quanto a possibilidade da suspensão ter sido tocada e recebido uma qualquer afinação. Imaginamos que sim…
Habitáculo revisto… com emblemas
Já no habitáculo, a opção passou por revestir todo o ambiente com um couro de cor marfim, conjugado com detalhes em vermelho e inserções em carbono, com os bancos, os apoios de braços e painéis das portas a receberem novo estofamento, num novo padrão perfurado.
A somar a esta solução, pedais em alumínio, tapetes acolchoados e, como não poderia deixar de ser, uma incontável quantidade de emblemas da Mansory. Sendo que e para aqueles clientes que gostem dar um toque muito próprio aos seus automóveis, não faltam soluções de personalização… ou até mesmo mais emblemas!
Finalmente e como única intervenção, talvez, mais facilmente aceite, a revisão feita ao V12 de 6,5 litros, não que a versão original sofresse, de alguma forte, de submotorização, mas apenas e só porque a Mansory assim o quis! Mais concretamente, através de uma reprogramação da ECU, instalação de um novo sistema de escape com controlo de flaps e catalisadores desportivos, tudo isto a aumentar a potência máxima em 30 cv, ou seja, dos 725 para os 755 cv.
Apresentado aos potenciais clientes no Monaco Yacht Show, a Mansory só não divulgou o preço deste Pugnator, ainda que e tendo presente aquela que costuma ser a abordagem tradicional do preparador alemão, segundo a qual “o dinheiro não é um problema”, o mais certo é que esta espécie de Purosangue custe tanto como uma pequena ilha.
Nós, contudo, optávamos pela ilha!…