Conseguirá o Leapmotor C10 REEV fazer Madrid-Lisboa sem carregar?

A convite da Leapmotor Portugal, fomos desafiados a percorrer mais de 600 km de Madrid a Lisboa num C10 REEV, sem parar para carregar ou reabastecer. Será que conseguimos cumprir o objetivo?

A Leapmotor Portugal desafiou-nos a testar a autonomia do C10 REEV (Range-Extended EV) em condições reais.

O objetivo era simples: ligar as capitais ibéricas sem realizar qualquer paragem para carregar ou abastecer. Com um preço de entrada de 37.454 euros, o C10 REEV posiciona-se como uma alternativa mais acessível aos híbridos plug-in do segmento D, combinando a condução elétrica com a versatilidade de um plug-in.

O modelo anuncia até 145 km em modo 100% elétrico (WLTP) e mais de 970 km combinados, graças a um motor de 1,5 litros com 88 cv que funciona apenas como gerador para a bateria com 28,4 kWh de capacidade.

A Leapmotor confia na sua tecnologia de extensor de autonomia. A solução tem registado um grande sucesso na China, onde já foram comercializadas mais de 1 milhão de unidades e registados níveis de satisfação superiores a 90%, citando dados do estudo “China EV Study 2023” da JD Power.

Depois de se afirmar na China, a marca tem como alvo estabelecido uma expansão global.

Nesse sentido, estabeleceu uma joint-venture com a Stellantis no ano passado, parceria que lhe dá acesso à rede de concessionários e pós-venda (6 em Portugal) know-how e até a algumas linhas de produção (esta última, já em estudo).

Viagem suave

No primeiro contacto, junto ao aeroporto de Madrid, o painel indicava 944 km de autonomia total, com 115 km em modo 100% elétrico e 829 km disponíveis através do extensor. Depois do almoço, reiniciámos os dados de viagem e fizemos caminho até Mérida, onde pernoitaríamos.

O ritmo da viagem foi constante e realista, a rondar os 130 km/h em autoestrada. Da sensação ao volante, o C10 REEV destacou-se pela suavidade, estabilidade e silêncio. Isto é, até o motor de combustão ativar e assumir a função de gerador de energia.

Pelo caminho, notámos aspetos positivos e outros que merecem uma evolução. Quanto ao balanço final da viagem, estará na próxima edição da Revista Turbo.