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McLaren sabe mesmo como inaugurar novas instalações…

Texto: Nuno Fatela
Data: 18 de Janeiro, 2018

Para quê ter um chão imaculado quando se pode deixar logo bem assinalada a poderosa assinatura dos pneus através de vários piões? Esta é a forma escolhida para apresentar o McLaren Composites Technology Centre, nova unidade de produção de compósitos de fibra de carbono que se assume como um investimento estratégico para a marca.

Foi inaugurada a nova McLaren Composites Technology Centre, fábrica localizada em Sheffield, perto de Manchester, que irá dedicar-se à produção dos compósitos de fibra de carbono para a marca. Mas se em alguns ramos de atividade uma inauguração significa passadeira vermelha e um chão imaculado, nós gostamos mais do “modo McLaren”, que consiste em deixar logo bem assinalada a capacidade dos seus desportivos. O anfitrião foi o novo McLaren Senna, que deixou claramente a assinatura de borracha dos seus Pirelli com um conjunto de piões, antes de tomar o seu lugar na “plateia” junto ao MP4/5 que foi guiado pelo mítico piloto brasileiro em 1989. Sem dúvida, uma excelente forma de fazer inaugurações…

O McLaren Composites Technology Centre é um investimento estratégico, já que ele vai dedicar-se à produção em larga escala dos compósitos de fibra de carbono a utilizar nos modelos de competição e de estrada. E a sua localização, a cerca de três horas de Woking, é igualmente estratégica, pois já trabalha no departamento de Advanced Manufacturing Research da Universidade de Sheffield um grupo de quarenta engenheiros da marca. Quando estiver a trabalhar “a todo o gás”, algo planeado para 2019, o McLaren Composites Technology Centre irá contar com 200 funcionários.

Com a marca britânica a vender cada vez mais, tendo batido em 2017 o recorde de unidades comercializadas (com um total de 3340 desportivos) esta unidade especializada na produção de fibra de carbono assume cada vez mais uma importância vital. Encontrada em todas as criações da McLaren desde 1981, quando a marca foi a primeira a fazer uso deste compósito na Fórmula 1, o fabricante de Woking é considerado um dos maiores especialistas neste material. Hoje em dia ele é a base do Monocage II utilizado como estrutura de todos os seus novos modelos, devido “às suas propriedades inatas de rigidez e baixo peso”. O McLaren Composites Technology Centre resultou de um investimento avaliado em 56,7 mil milhões de euros, valor que não contempla ainda a limpeza para apagar a assinatura da borracha do McLaren Senna.