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Hyundai i30 Fastback N – Alma desportiva

Texto: Júlio Santos
Data: 20 de Janeiro, 2019

Guiámos o Hyundai i30 Fastback que chega a Portugal em Março. Tanto quanto a “alma” dos 275 cv (versão Performance) impressiona a eficácia em curva. Proposta única para quem não prescinde do prazer da condução desportiva mas não pode esquecer a família.

A divisão N da Hyundai tem a seu cargo o desenvolvimento das versões mais desportivas do construtor sul-coreano. A sua designação advém do facto de o principal centro de Investigação e Desenvolvimento estar localizado em Namyang, enquanto o principal pólo de testes situar-se em Nurburgring, a que se junta a simbologia da letra “N” (uma chicane).

Mas esta é, apenas, uma parte da história. A outra, mais importante, tem a ver com o facto de esta divisão N integrar um conjunto de especialista que já passaram por diversos construtores europeus, com destaque para o seu líder, Albert Biermann, eis responsável pela BMW Motosport. Se a isto juntarmos o facto de o Centro de Investigação, o Departamento de Competição e a Divisão N serem, praticamente, uma só estrutura, não admira que a Hyundai tenha aprendido tão depressa algo que muitos construtores, com mais história, ainda procuraram: “casar” um chassis muito equilibrado, com um motor que parece não ter limites.

 

Está feita a apresentação do novo Hyundai i30 Fastaback N que chega a Portugal em Março. Face à versão de cinco portas, que já ensaiamos e até comparámos com o rival VW Golf GTI, a carroçaria, disponível em cinco cores (Polar White, Phantom Black, Engine Red, Performance Blue e Micron Grey ), é 120 milímetros mais longa e ligeiramente mais baixa, o que permitiu melhorar a aerodinâmica. Mantém-se pormenores que sublinham a vocação desportiva, como o friso vermelho no spoiler frontal e as entradas de ar para o arrefecimento dos travões (Brembo) cujas pinças, a espreitar por detrás das jantes de 18 ou 19 polegadas, exibem a tonalidade vermelha.

Já do lado da mecânica, o eixo dianteiro foi substancialmente alterado recebendo novas molas, enquanto na traseira passa a existir uma barra estabilizadora que reduz a torção em 6%. Como acontece com a versão de cinco portas, também no caso do Fastback N está disponível uma versão Performance que recebe de série jantes de 19 polegadas (18 polegadas no N) e pneus mais largos.

Mais importante, o motor de 2.0 litros passa a disponibilizar momentaneamente mais 25 cv (275 cv, contra 250 cv) e mais 25 Nm, graças ao aumento da velocidade do turbocompressor, durante alguns segundos (overboost). O consumo médio anunciado (WLTP) é de 8,1 litros (8,2 no caso da versão Performance), enquanto a aceleração de o-100km/h e a velocidade máxima não se alteram face à versão de cinco portas (6,1 segs e 250 km/h).

 

Também específico da versão Performance é o diferencial autoblocante de funcionamento eletrónico que faz a função de vectorização do binário, evitando que as rodas patinem, o que nos permite acelerar mais cedo à saída das curvas mais fechadas, com a frente a manter sempre a trajetória ideal, o que é notável para um tração à frente com este nível de potência.

Fundamental para os amantes da condução desportiva, tal como o sistema N Grin que, através de dois botões localizados no volante, permite-nos nos escolher de entre cinco modos de condução: Eco, Normal, Sport, N e N Custom. Os diferentes modos permitem-nos ajustar os mapeamentos de motor, a suspensão, o Controlo Eletrónico de Estabilidade (ESC), o Diferencial N, o “feeling” da direção e a resposta do motor.

No modo N Custom o condutor pode selecionar as definições dos modos Eco, Normal, Sport e Sport+ dos componentes de alta performance de acordo a sua preferência, permitindo-nos desligar por completo o Controlo Eletrónico de Estabilidade (ESC), para um desempenho mais puro.

 

O novo Hyundai i30 Fastback N, com aptidões familiares acrescidas, dada a maior capacidade de bagagem e o acesso mais fácil ao lugares traseiros, oferece no interior uma decoração onde sobressaem os apontamentos desportivos, como os bancos dianteiros muito envolventes e os pedais em alumínio, bem como o recursos às mais modernas tecnologias de conectividade e apoio à condução.

O preço é cerca de mil euros superior face ao modelo de cinco portas. Ou seja, cerca de 42 mil euros para a versão “standard” e 45 500 para o N Performance.