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Como a Honda torna os seus motores Diesel eficientes

Texto: Miguel Policarpo
Data: 7 de Junho, 2018

A Honda dispensa apresentações no que concerne a motorizações a gasolina, mas também no gasóleo, desde que a marca começou a investir nestas soluções, procura ser uma referência. Os motores Diesel da Honda são uma história que começou a ser delineada relativamente há pouco tempo e que promete mais capítulos de sucesso.

Foi apenas a partir de 2003 que a Honda decidiu explorar os motores Diesel, dada a procura no mercado destas motorizações. O bloco 2.2 i-CTDi marcou o início do investimento, concebido pelo engenheiro Kenichi Nagahiro, também responsável pela criação do famoso sistema de distribuição variável VTEC. O Honda accord foi o primeiro modelo a receber este motor, que se tornou numa referência dos Diesel. Volvida uma década, os nipónicos lançavam uma nova estrela, o motor 1.6 i-DTEC. E, agora no presente, a continuidade é assegurada pela segunda geração deste bloco.

O arranque: 2.2 i-CTDI
Para liderar o projeto do primeiro motor Diesel Honda, o 2.2 i-CTDI, a marca escolheu Kenichi Nagahiro, o criador do sistema de distribuição variável VTEC. O Accord estreou o motor, em 2003.
O motor foi construído inteiramente em alumínio, com um bloco fundido semissólido e paredes finas, uma técnica que permitia peso reduzido e estabilidade térmica.
Respeitando a norma Euro 4, que vigorava na época, o bloco primava pelo consumo e emissões. Garantia simultaneamente desempenho e simplicidade (a marca não especifica, mas supomos tratar-se na produção e tecnologias implementadas no bloco).
Nova aposta com o 1.6 i-DTEC
Decorrida uma década, nascia o motor 1.6 i-DTEC, o primeiro com tecnologia Earth Dreams lançado na Europa. Estabelecia a Honda a meta de reduzir em 30% as emissões de CO2 dos seus motores em 2020, por comparação a 2000.
Os conhecimentos obtidos durante a fase de desenvolvimento, com recurso a material de alumínio, tornaram possível reduzir o atrito mecânico ao nível equivalente ao de um motor a gasolina, e de menos 40% em comparação ao anterior bloco Diesel.
Apesar da reduzida cilindrada face ao i-CTDI, este motor oferecia um desempenho semelhante. Era de dimensões inferiores, tal como o peso, com menos 47 kg. Destaca-se ainda a quarta geração do turbo do bloco, o sistema Bosch de injeção de solenoide de 1800 bar, e a melhoria na eficiência volumétrica dos cilindros.
A segunda geração do 1.6 i-DTEC
Cinco anos depois, em 2018, nasce a segunda geração do motor. Mais eficiente, a Honda procura diminuir as emissões de NOx, mantendo e melhorando a resposta ágil e desportiva.
Os engenheiros da Honda conseguiram reduzir a fricção dos cilindros e aumentar a eficiência de conversão de NOx. O bloco compre já a norma Euro 6d-TEMP e foi um dos primeiros a ser submetido aos novos testes WLTP.
Refere a marca que as suas soluções tecnológicas permitiram emissões reduzidas no Civic 1.6 i-DTEC sem o uso de aditivos, dispensando os condutores de terem de utilizar o aditivo Adblue.
Primeira vs segunda geração 1.6 i-DTEC
Design exterior melhorado, com aumento de rigidez, melhorando a gestão de ruído e vibração; Cabeça de motor redesenhada precisa de menos reforço, graças ao melhor arrefecimento do bloco; 280g mais leve (cerca de 2%).
Êmbolos do motor de alumínio substituídos por êmbolos de aço, o que reduz a perda de arrefecimento e melhora a eficiência térmica; Ainda maior redução do atrito mecânico.
- Novo catalisador de NOx, com maior densidade de processamento de células (600 por cm2 em vez de 400), permitindo uma conversão mais rápida e menos emissões.
Filtro de partículas com novo revestimento de prata que cobre 92% da superfície, enquanto antes cobria apenas 26%. Daqui resulta uma melhor eficiência de combustão das partículas e prolongamento da vida útil dos componentes do sistema de escape.

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Nota: fotografias assinaladas © Netcarshow