Foi apresentada a nova geração do SUV compacto premium, que a marca assinala ter sido o responsável pelo nascimento da moda “coupé” neste segmento. Em destaque no novo Range Rover Evoque estão as versões híbridas, na fase de lançamento a cargo do sistema de 48 volts e posteriormente com a chegada confirmada de uma versão Plug-In
Foi desvendado a nova geração de um dos grandes trunfos da gama da Range Rover. Responsável por mais de 750.000 unidades comercializadas desde o lançamento, o Evoque ganha novas armas para atacar o mercado, evoluindo em toda a linha. Além de alterar o design, sem colocar em causa as suas formas coupé, existe também um salto em frente no habitáculo ao nível dos materiais (alguns deles reciclados, reforçando os benefícios ambientais do novo Range Rover Evoque) e nas tecnologias, com um visual que apresenta semelhanças com o Velar. Também as motorizações seguem esta evolução, com recurso ao sistema de 48 volts para praticamente toda a gama no momento do lançamento, estando confirmada a chegada, doze meses depois, de uma versão híbrida de Plug-In.
Manter a identidade
Em termos estéticos, uma das principais preocupações no exterior foi manter a aparência SUV-Coupé, obtida pelo ‘confronto’ entre as linhas descendentes da parte posterior do teto e as formas ascendentes da linha de cintura. Isso garante que o Evoque continua a ser imediatamente reconhecido no trânsito, embora agora com traços de modernidade mais acentuados, obtidos por soluções como as óticas Matrix LED e os puxadores das portas retráteis. No perfil lateral mantém-se a grande musculatura, obtida pelos ombros largos e as jantes que podem ter dimensões até 21” (também existem com 17”, 18” e 20”). Algo que serve para assinalar uma “atitude poderosa e dinâmica”, refere a marca.
A bordo a marca procura dar voz ao design artesanal e elegante, em que a beleza da simplicidade é enfatizada. Algo que é obtido por um ambiente fluído, com o número de botões limitado (concentrando funções nos ecrãs) e a ausência de curvas desnecessárias. Temos assim uma atmosfera limpa e serena que enobrece os materiais premium utilizados, como a lã e tecidos Dinamica, além dos opcionais Eucalyptus e Ultrafabrics. E existe ainda uma opção pelos materiais sustentáveis, usando matérias-primas recicladas como alternativa ao couro.
Neste ambiente de luxo, onde estão contemplados os sistemas de ionização do ar e os bancos elétricos com 16 ajustes, também era expectável um alto nível tecnológico. E a marca não descurou essa vertente no novo Range Rover Evoque, optando por juntar ao painel de instrumentos digital de 12,3” uma combinação de dois ecrãs de 10”, para infotainment e controlar a climatização e outras funcionalidades. O resultado deste sistema Touch Pro Duo é uma aparência muito moderna, que tem similaridades com o Range Rover Velar. Na vertente tecnológica, destaque também para o retrovisor digital disponível ao toque de um botão, facilitando as manobras nos momentos em que a visibilidade à retaguarda está comprometida.
Fabricado a partir da Arquitetura Transversal Premium, pensada para acomodar motores híbridos elétricos, o novo Range Rover Velar ganha também na habitabilidade. Ele apresenta 4,37 m de comprimento, 2,10 m de largura e 1,65m de altura, enquanto os eixos estão agora separados por mais 20 mm, num total de 2,68 m. Os grandes benefícios estão, no interior, ao nível do espaço para as pernas e da bagageira, cuja capacidade cresce 10%. Isso significa um total de 591l, que podem ser expandidos para 1383l após o rebatimento dos bancos.
Híbridos em força
O novo Range Rover Evoque chega com seis motorizações, através dos trios de propulsores Ingenium Diesel e gasolina, com quatro cilindros e dois litros. A oferta começa com o TD4 de 150cv e 380Nm, o único que pode surgir sem tração integral, sem os 48 volts e com transmissão manual de seis (a restante gama recorre à caixa automática de nove velocidades da ZF). Mas também ele pode surgir com o referido sistema elétrico adicional, em estreia na Range Rover e que torna este SUV Coupé num ‘Mild Hybrid’. Este sistema oferece vantagens nos consumos pelo melhor comportamento no arranque e acelerações a baixas velocidades, reaproveitando a energia obtida nos momentos de desaceleração.
Além do referido Diesel de 150cv, existem ainda nas motorizações a gasóleo os blocos TD4 de 180cv e 430Nm e o SD4 de 240cv e 500Nm. Na oferta a gasolina encontram-se os motores Si4 com 200cv e 340Nm, com 250cv e 365Nm e ainda com 300cv e 400Nm. Este último é aquele que apresenta os melhores tempos nas acelerações 0-100kmh, cumpridas em 6,6 segundos. Já no que se refere aos consumos, a versão mais eficiente é o TD4 de 150cv, que anuncia 5,4l/100km.
Apesar da marca designar o novo Range Rover Evoque como um “SUV Urbano Premium”, não deixou que o dotar com as suas reconhecidas capacidades para atacar terrenos não asfaltados. Nesses momentos será essencial o sistema de tração integral e o sistema dinâmico adaptativo, que recorre a sensores e aos amortecedores para monitorizar a estrada a cada 100 milissegundos. Além disso, surge equipado o sistema Terrain Response 2, para que o SUV reconheça os diferentes pisos em que circula e se adapte às especificidades de cada um deles. E, para ultrapassar rios, a passagem a vau foi aumentada em 100mm para um máximo de 600mm.
Além da nova plataforma ser 13% mais rígida e surgir apoiada por subestruturas de montagem rígida, reduzindo vibrações e ruídos no habitáculo, é ainda destacado o papel da suspensão para maior estabilidade e conforto. Na retaguarda a suspensão ‘Integral Link’ separa as forças longitudinais e laterais, enquanto na dianteira é assinalada a presença de casquilhos hidráulicos na arquitetura MacPherson, para menores vibrações transmitidas ao volante.