O que não queremos!

Atitides que prejudicam Portugal. Ou como matar uma galionha de ovos de ouro

No triângulo Sintra-Estoril-Cascais estão neste momento a decorrer três apresentações mundiais de novos modelos. BMW, Porsche e Toyota trazem até Portugal mais de 2000 jornalistas de todo o Mundo e asseguram milhões de euros de investimento direto e ainda mais de forma indireta, dada a projeção mediática que garantem.

Portugal consegue, desde há alguns anos, intrometer-se num negócio que é cada vez mais cobiçado. Passámos a integrar essa elite não por causa dos preços mais convenientes (já não é assim) mas por mérito das condições que somos capazes de oferecer: boas estradas, uma estrutura hoteleira de qualidade e, claro, o clima.

Porém, como dissemos, são cada vez mais os países que disputam este negócio, socorrendo-se de todo o tipo de argumentos, casos de propostas fiscais mais atraentes (como a devolução do IVA das despesas realizadas). Se competir contra estes trunfos é só por si difícil, tudo o que não precisamos é de atitudes como aquela que presenciámos hoje à tarde, em Sintra, na já de si congestionada estrada de Chão de Meninos que desce desde São Pedro até ao centro de vila (Estefânia): dois agentes da GNR, a cavalo, desciam, lado a lado, a referia estrada, conversando distraidamente, totalmente alheios à fila de mais de um quilómetro que se ia formando atrás de si, bem como ao perigo potencial de, numa estrada sem retas, "obrigarem" os impacientes condutores a realizem ultrapassagens em zonas sem qualquer visibilidade, enquanto a parelha conversava calma e alegremente.

A foto fala por si. Envergonho-me dos comentários que ouvi de colegas de outros países e de responsáveis pela apresentação em que participava.