Ford prevê perdas bilionárias com veículos elétricos em 2025

A Ford incorreu num prejuízo de 5,1 mil milhões na sua gama de veículos elétricos em 2024 e prevê perdas ainda maiores para este ano de 2025.

A divisão “Model e” da Ford, encarregue pelos veículos elétricos da marca norte-americana, teve um 2024 difícil e está a preparar-se para outro ano ainda mais conturbado.

Na apresentação dos resultados financeiros referentes a 2024, a marca da oval azul admitiu que registou um prejuízo de 5,1 mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros), antes de juros e impostos.

Contudo, as coisas podem vir a ser ainda piores este ano, uma vez que o fabricante de automóveis prevê que a sua gama elétrica venha a apresentar perdas entre os 5 e os 5,5 mil milhões de dólares (4,6 e 5,1 mil milhões de euros).

Apesar de tudo, otimismo

Apesar do aumento de 34,8 % nas vendas de veículos elétricos, na América, em 2024, com um total de 97.865 unidades entregues, a Ford continua a enfrentar dificuldades para tornar a sua gama zero emissões mais lucrativa.

Ainda assim, a empresa permanece otimista, uma vez que, parte das perdas são atribuídas aos altos investimentos necessários para o desenvolvimento e produção de EVs. Nomeadamente, as baterias, que continuam a ser o componente mais caro neste tipo de veículos.

Na apresentação dos resultados, o CEO da Ford, Jim Farley, destacou, ainda, que os veículos elétricos de grande porte enfrentam desafios “sem solução fácil”, tais como a fraca aerodinâmica e o peso elevado, o que contribui para que tenham de recorrer a baterias maiores (e mais caras), para conseguirem oferecer uma autonomia satisfatória.

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Reavaliação de estratégia

Em resposta a estes desafios, a Ford está a alterar a sua estratégia nos veículos elétricos.

Recentemente, a empresa adiou o lançamento de uma nova pickup elétrica de média dimensão, para o final de 2027, ou seja, um atraso de cerca de 18 meses face à data inicialmente fixada.

A marca da oval azul também cancelou já o desenvolvimento de um SUV elétrico com três filas de bancos, após concluir que não seria financeiramente sustentável.

Contudo, também está a explorar novas abordagens, como é o caso dos veículos elétricos mais acessíveis, com recurso a plataformas multienergias, e até veículos elétricos com extensor de autonomia (EREVs), previstos para 2027.