Fiat Grande Panda: O regresso de um ícone

A apresentação desta versão maior do Panda representa o regresso da marca ao universo do segmento B onde a Fiat é líder há décadas com modelos emblemáticos como o Uno ou o Punto.

Concebido em Turim no Centro Stile, o Grande Panda inspira-se no icónico Panda dos anos 80 pelo que a sua chegada ao mercado se reveste de uma grande expetativa bem patente na forma como ele foi apresentado em Turim na famosa fábrica de Lingotto agora transformada num centro multidisciplinar.

A denominação “Grande” faz todo o sentido já que este modelo que não ultrapassa os 3,99 metros de comprimento é 35 centímetros mais comprido que o Panda atual que continuará a ser comercializado uma vez que pertence a um segmento diferente.

O Fiat Grande Panda partilha as mesmas soluções energéticas e a mesma plataforma do recém-chegado Citroen C3 apesar de ter uma identidade marcada pelos valores da marca italiana.

Valores que estão bem patentes num design simples, mas impactante e enriquecido por elementos surpreendentes como as letras “Panda” em 3D em baixo nas portas e as letras “Fiat” na traseira ou a iluminação LED PXL inspirada num famoso jogo de vídeo dos anos 80.

Elétrico por menos 24 mil euros

Por dentro a originalidade não é menor com destaque para o painel de instrumentos de 10 polegadas e para o ecrã multimédia de 10,25 polegadas que apresentam um estilo único que remete para a forma da pista de Lingotto.

Grande parte dos materiais utilizados são reciclados como os painéis das portas que contém o material reciclado de 140 embalagens de cartão de bebidas!

No tablier o material utilizado contém fibras de bambu reais na versão La Prima, uma solução que introduz um certo requinte ao interior suficientemente espaçoso para acolher com conforto quatro pessoas.

Além do espaço encontramos algumas funcionalidades como os compartimentos de 13 litros no tablier dos quais 3 litros se encontram num único compartimento de arrumação.

A mala tem uma capacidade acima da média ao reivindicar 361 litros na versão elétrica que é a primeira a chegar ao mercado português (março) por um preço inferior a 24 mil euros.

Cabo de carga retrátil

Para além da versão elétrica que terá dois níveis de equipamento (RED e La Prima), o Grande Panda terá mais tarde uma versão híbrida com três níveis de equipamento (Pop, Icon e La Prima).

Com uma bateria de 44 kWh e um motor elétrico de 113 cv, o Grande Panda elétrico oferece uma autonomia de 320 km, o que o torna na solução perfeita para uma utilização urbana.

Uma grande novidade deste modelo é o cabo de carregamento retrátil AC na frente do carro (para além da porta de carregamento traseira) capaz de carregar até 7kW completando uma carga de 20% a 80% em 4 horas e 20 minutos.

Na tomada traseira a potência sobe até 11 kW pelo que a mesma carga desce para cerca de 2 horas e 50 minutos.

Em corrente continua a potência máxima sobe para 100 kW e o tempo desce para os 27 minutos.

A versão híbrida está equipada com o conhecido motor turbo de 1,2 litros, 3 cilindros, com 100 cv, uma bateria de iões de lítio de 48 Volts e a transmissão eletrificada de dupla embraiagem de 6 velocidades, que inclui no seu interior um motor elétrico de 21 kW.

Graças ao ciclo Miller os consumos são baixos e as emissões estimam-se ao redor das 123 g/km de CO2.

O preço desta versão que chegará mais tarde ainda não é conhecido, porém nos países europeus cuja comercialização se prevê para breve o preço da versão Pop menos equipada será inferior a 17 mil euros.