Fiat 500e com troca rápida de baterias testado em Madrid

A Stellantis e a Ample iniciaram testes de trocas de baterias em veículos elétricos a começar com o Fiat 500e. Será o início de uma nova era para a mobilidade elétrica?

A Stellantis e a Free2move deram início a um teste-piloto com 100 unidades do Fiat 500e equipadas com tecnologia de troca rápida de baterias em Madrid, Espanha.

Este sistema permite substituir uma bateria descarregada por uma totalmente carregada em cerca de cinco minutos, eliminando por completo os tempos de espera dos carregamentos elétricos tradicionais.

Esta solução está a ser desenvolvida pela Ample, e propõe uma alternativa com bateria modulares, substituindo as originais dos construtores.

Solução para todos os veículos.

A abordagem da Ample destaca-se por ser compatível com vários modelos e marcas, sobretudo com os do grupo Stellantis.

Esta alternativa representa ser mais flexível do que as tentativas anteriores. Relembramos que a Renault, em parceria com a empresa Better Place, já testou um conceito semelhante, mas sem sucesso.

Para já, os testes de troca de baterias estão limitados às frotas partilhadas e adaptadas da Free2move. No entanto, a grande oportunidade poderá estar nos veículos comerciais elétricos.

Neste contexto, a redução dos tempos de paragem podem significar uma vantagem competitiva com impacto direto na produtividade e eficiência das operações.

Não é a primeira

A troca de baterias dos automóveis elétricos tem sido debatida há algum tempo. Além da Renault, já houve outra marca que testou a mesma tecnologia, e com algum sucesso: a Nio.

O paralelo mais evidente surge com a marca chinesa que usa como “cartão de visita” a sua aposta na troca automatizada de baterias.

Através de um ecossistema de estações de troca de baterias, a marca promete mudar o paradigma da mobilidade elétrica automóvel, reduzindo o tempo de carregamento dos carros elétricos para menos de três minutos.

Atualmente, segundo a marca, já foram efetuadas 30 milhões de trocas de baterias na sua rede de estações Power Swap. Estas estão maioritariamente na China, mas já existem algumas na Europa.

  • Nio. Saiba como funcionam as estações de troca de baterias

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O que muda?

Ao contrário da abordagem modular da Ample, a Nio opta por soluções exclusivas para os seus próprios veículos.

Enquanto a chinesa Nio opera num ecossistema fechado, a Ample pretende convencer os construtores a adotar um sistema universal e interoperável.

A redução dos tempos de carregamento e a independência em relação às redes públicas de carregamento são os fatores-chave para acelerar a adoção de carros elétricos. Se este teste piloto for bem-sucedido, poderemos presenciar o início de uma nova era para a mobilidade elétrica.

No entanto, ainda há um obstáculo para ultrapassar, onde a a Stellantis e a Ample precisarão de fazer o que outros ainda não conseguiram: escalar a troca de baterias com viabilidade económica.