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Como a ferrugem influencia as colisões de carros velhos


Data: 18 de Abril, 2018

Há um agente extra que tem a sua influência nas colisões de carros velhos: a ferrugem. Saiba como a oxidação do ferro entra na equação.

A segurança é um dos parâmetros de óbvia importância para os fabricantes, que avaliam os seus carros em rigorosas provas. É certo que a indústria automóvel evoluiu, tanto no que respeita aos métodos utilizados para as avaliações, quer em relação à própria construção do carro. Mesmo os veículos mais velhos foram certamente submetidos a testes mas há um agente inesperado que exerce a sua influência a ferrugem.

Esta teoria foi testada pelos investigadores da Villaagarnas Risforbund, uma organização sueca sem fins lucrativos, com a parceria da seguradora Folksam, de acordo com o Autoweek. Os dois modelos utilizados foram um Mazda 6, da geração de 2003 a 2008, e um Volkswagen Golf, modelo de 2004-2008. Ambos os carros apresentavam secções de ferrugem consideráveis.

Os testes seguiram as metodologias utilizadas pelo EuroNCap à data de produção dos veículos, ou seja, utilizando as orientações do período em que estes carros eram novos. Os seguintes vídeos revelam que os carros velhos e enferrujados não mantém os mesmos níveis de segurança em comparação a quando eram novos.

“Quando o Mazda 6 foi avaliado no teste frontal, o carro ficou deformado ao ponto de o banco do condutor acabar encostado ao interior do carro e o manequim do teste bater com a cabeça com a cabeça no pilar B”, refere a organização. Em novo, este Mazda 6 atingiu a classificação de quatro valores (26 pontos) de entre cinco nos testes da EuroNCap. Nestes testes, essa pontuação decresceu para três (18 pontos).

Os investigadores acreditam que os passageiros têm um aumento “de 20% do risco de morrerem em caso de um acidente real devido à ferrugem”.

No caso do Golf, os resultados não mostram uma disparidade assinalável – de um “5 fraco”, a classificação de segurança decresceu para um “4 forte” – sendo mínima a diferença de pontuação (33 pontos em novo e 32 pontos no teste).

Conclui o grupo de investigadores que desenvolveram este estudo que nenhum carro apresenta problemas de ferrugem de igual forma, pelo que não há garantia de que duas unidades deste Mazda enferrujadas se comportem da mesma forma em caso de colisão. O que é certo é que este Mazda 6 se deformou de forma diferente do que o suposto, tendo a colisão gerado um padrão de deformação diferente daquele como foi projetado.

Pelo sim pelo não, diz a velha máxima que mais vale prevenir do que remediar. Além de não ser visualmente apelativa, a ferrugem terá, segundo o estudo, a sua influência em caso de colisão. Não deixe, portanto, o seu automóvel enferrujar-se – mantenha-o bonito e seguro.

Pode consultar o estudo na íntegra aqui.