Estudo Ayvens: TCO dos elétricos já é mais competitivo

Os veículos elétricos a bateria (BEV) constituem a opção mais competitiva para as empresas, defende o Estudo Mobilidade 2025 da Ayvens, apresentando o melhor custo total de utilização (TCO) em 48 dos 68 perfis de utilização analisados pela gestora de frotas.

Seguindo uma tendência do ano anterior, esta tipologia de viaturas já é mais competitiva em 88% dos segmentos de passageiros para quilometragens anuais de 30 000 km e continuará a ser a escolha mais económica para gestores de frotas em 2025.

O estudo da Ayvens adianta que as novas metas introduzidas pela União Europeia de redução das emissões médias de dióxido de carbono, a partir de 2025, vão obrigar os construtores a aumentarem as vendas veículos elétricos para evitar o pagamento de elevadas multas.

Apesar da Comissão Europeia ter flexibilizado recentemente o regulamento das normas de emissões de dióxido de carbono, os fabricantes europeus vão ser forçados a manter os fortes investimentos na mobilidade elétrica para recuperar quota de mercado face aos concorrentes chineses, os quais deverão continuar a crescer no Velho Continente. O estudo indica que mais de 50 novos modelos de veículos elétricos deverão chegar ao mercado este ano e com preços mais acessíveis.

O Estudo Mobilidade 2025 da Ayvens confirma que o mercado europeu de veículos elétricos registou uma desaceleração em 2024, influenciado pela quebra de vendas na Alemanha, que teve origem na suspensão dos subsídios entre dezembro de 2023 e setembro de 2024.

O resultado traduziu-se na primeira queda no mercado europeu, mas, mesmo, assim, a taxa de penetração dos veículos elétricos continua a ser superior à dos diesel, com 13,12% contra 12,44%. A quota dos híbridos plug-in também baixou de 7,71% em 2023 para 6,89% no ano passado.

Melhor do que a média

No mercado português, a penetração dos veículos elétricos é superior à média europeia, com 18%, valor melhor do que países de referência como o Reino Unido, França e Alemanha. No nosso país verificou-se que os veículos elétricos foram a motorização preferida pelos portugueses nos primeiros nove meses do ano passado, seguindo-se as viaturas a gasolina.

Acompanhando a tendência europeia, os veículos diesel novos continuam a perder quota de mercado no nosso país, tendo sido registado um recuo superior a 3% das vendas entre os três primeiros trimestres de 2023 e o final do terceiro trimestre de 2024, baixando de 12% para 8,7%. As motorizações a gasolina, por seu lado, perderam apenas meio ponto percentual de quota de mercado.

“Há razões para acreditar que a mobilidade elétrica veio para ficar”, comenta Ricardo Silva, diretor comercial da Ayvens em Portugal, salientando que o ano de 2025 “é, essencialmente, um ano de adaptação e redefinição do setor automóvel”.

Em seu entender, “os veículos elétricos vão assumir-se como parte essencial da oferta automóvel global, deixando de ser apenas uma tendência”. Numa fase em que os fabricantes enfrentam cenários de transição exigentes, a Ayvens mantém o seu compromisso de continuar a apoiar os clientes nas suas decisões e a acompanhar atentamente a volatilidade do mercado.