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Encontrada falha de segurança na chave da Tesla e da McLaren

Texto: Nuno Fatela
Data: 13 de Setembro, 2018

Uma investigação realizada por uma faculdade belga descobriu que era muito mais fácil aceder ao habitáculo e colocar em funcionamento os modelos das duas marcas do que com outros sistemas. A falha de segurança na chave da Tesla e da McLaren permitia clonar a chave numa questão de segundos

Quando pensamos em modelos premium e que custam já umas boas dezenas ou centenas de milhares de euros, habitualmente temos na ideia de que eles devem ser muito difíceis de subtrair aos donos. Mas o COSIC (Computer Security and Industrial Cryptography) da Universidade de Lewen, na Bélgica, veio demonstrar que essa não é uma verdade absoluta. Isto porque, num estudo, descobriram que existe uma falha de segurança na chave da Tesla e da McLaren.

 

Esta situação permite aceder ao interior e arrancar com o carro em apenas alguns segundos (há que dizer que, no entanto, com os sistemas de localização utilizados, certamente os malfeitores não vão muito longe…). A questão está numa brecha existente na tecnologia fornecida pela Pektron, que mostrou ser muito mais fácil de piratear do que os sistemas utilizados por outros fabricantes. Os investigadores suportam esta afirmação explicando que bastam segundos para clonar o sinal (este vídeo do furto a um Mercedes mostra como estes assaltos podem ser realmente velozes), e que nem sequer é preciso estar muito próximo da chave ou da viatura para completar o crime.

A McLaren já veio confirmar esta “teórica vulnerabilidade”, embora afirme que não tem provas de que as suas viaturas tenham sido afetadas por este problema. No entanto, está já em contacto com os clientes para lhes fornecer um modo de bloquear o acesso ao sinal. Da parte da Tesla não existiu qualquer reação oficial, mas há que recordar que recentemente a marca integrou um novo sistema de segurança que tem a capacidade para evitar esta falha, e que passa pela necessidade de colocar um código PIN para arrancar com as viaturas.

 

Fonte: Autocar