33ª Convenção da ANECRA teve "casa cheia"

A 33ª Convenção da ANECRA teve "casa cheia" e entre as conclusões dos trabalhos há a destacar a necessidade do aumento do preço da mão-de-obra

A 33ª Convenção da ANECRA teve "casa cheia" e entre as conclusões dos trabalhos há a destacar a necessidade do aumento do preço da mão-de-obra em Portugal.

Considerado o mais importante evento do setor automóvel decorreu no Centro de Congressos de Lisboa a 33ª Convenção da ANECRA, que na edição de 2022 foi subordinada ao tema "Um Admirável Mundo Novo".

Num evento com lotação esgotada foram abordados o principais temas da atualidade do setor. No primeiro painel foi discutida uma das profundas crises que enfrenta o setor: a falta de mão de obra e a necessidade de atrair e reter as novas gerações. O tema foi analisado por António Caldeira, Diretor da CEPRA, Manuel Valadas, Consultor em Business Management, entre outras participações. 

A recém-criada Plataforma de Combustíveis de Baixo Teor de Carbono (PCBC), da qual a ANECRA é entidade fundadora, foi apresentada por António Comprido.

Contando já com oito entidades de relevância para o setor automóvel nasceu da da necessidade de defender, em Portugal e na Europa, uma solução que vise uma transição energética dos automóveis de forma sustentável, tendo em conta que esse caminho terá que ser percorrido, também, como recurso aos combustíveis alternativos de baixo carbono, fator determinante para a manutenção do que é denominado como o direito à mobilidade individual.

A fechar o período da manhã, Ricardo Carvalho, CEO do Grupo Lisbon Project, abordou as novas tendências de consumo do setor e a necessidade de as empresas saberem interpretar e adaptar-se aos novos hábitos de consumo.

Desafios do após-venda

Os debates desta 33ª Convenção da ANECRA centraram-se nos desafios do após-venda, do comércio de usados e do comércio automóvel. Raúl Gonzalez Martin, a representar a World Shopper, Emanuel Proença, Administrador da Prio, Nuno Castel-Branco, CEO do Standvirtual, e Pedro Gonçalves, Director-Geral da MGCAR, foram alguns dos oradores de painéis onde se falou do estado do setor e de estratégias que consigam o consigam alavancar.

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Entre as conclusões destes debates há que destacar a necessidade do aumento do preço de mão de obra praticado no pós-venda, que em Portugal é estruturalmente muito baixo quando comparado com os nossos congéneres europeus, assim como o enorme desafio com que o retalho automóvel se depara com o anunciado modelo de agenciamento, em detrimento dos conhecidos concessionários de automóveis.

O ex-ministro da Economia e da Transição Digital e atual partner da PLMJ Advogados, Pedro Siza Vieira, referiu que os tempos de muita incerteza que vivemos podem constituir oportunidades para as empresas nas áreas de comercialização, manutenção e reparação automóveis por via dos novos modelos de negócio que se aproximam.