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Conheça tecnicamente o novo Cayenne. Com videos.

Texto: António Amorim
Data: 19 de Setembro, 2017

Para sublinhar a sua imagem de SUV desportivo de referência, o novo Porsche Cayenne é, todo ele, uma estreia.

Parece-se imenso com o anterior, ao ponto de quase passar por uma remodelação, mas este é, na realidade, um carro totalmente novo, desde o chassis à carroçaria, passando pela mecânica, onde se inclui até uma inovação técnica absoluta: os discos de travão revestidos a carboneto de tungsténio.

Vejamos, capítulo a capítulo, onde estão as grandes e profundas diferenças deste Cayenne face ao anterior.

CARROÇARIA

As dimensões mudam bastante. Ficou 6 cm mais comprido e cerca de um centímetro mais baixo. Ganhou espaço interior, especialmente na bagageira, agora com mais 100 litros de volumetria. Provavelmente não ganhará nada nas classes de portagem a nível nacional, porque, a olho nu e de fita métrica na mão, o Cayenne pareceu-nos passar dos 1,1 metros de altura ao prumo do eixo dianteiro.

A carroçaria deste Cayenne também é totalmente nova na composição de metais, 47 por cento da qual é constituída por alumínio: painéis laterais, tejadilho e portas, para além de imensos elementos estruturais. A carroçaria nua pesa 392 kg, o que fica 22 kg abaixo do anterior. A rigidez também aumenta em 20 por cento.

Um dos detalhes inovadores do novo Cayenne envolve a aerodinâmica. O Cayenne é o primeiro SUV com uma asa traseira ativa, acionada por um motor elétrico. É de série no Cayenne S e no Turbo e colabora no cx de 0,34 do primeiro e de 0,35 do segundo.

CHASSIS

O Cayenne anterior era um SUV desportivo, este é ainda mais. Um novo eixo dianteiro multilink substitui o anterior duplo triângulo e mostra-nos (também atrás) a estreia mundial: discos de travão que parecem de vidro. São os PSCB, revestidos com carboneto de tungsténio a quente. Custam mais 3000 euros mas resistem melhor à fadiga, melhoram a potência de travagem e duram mais. São de série no Cayenne Turbo e opcionais no Cayenne e no Cayenne S. No topo desta tecnologia continuam os discos de carbono-cerâmica, também disponíveis.

A eletrónica casa com a mecânica do Cayenne na suspensão, pneumática adaptativa agora com três câmaras em cada mola.

A direção de assistência eletromecânica tem agora reações mais diretas e surge, tal como no Panamera, o eixo traseiro de efeito direcional, que permite ao veículo ganhar um metro no diâmetro de viragem.

Outra novidade é a barra estabilizadora ativa eletromecânica em vez de hidráulica. É o sistema PDCC (Porsche Dynamic Chassis Control), mais rápido e preciso no controlo das oscilações da carroçaria.

Ganha-se imensa estabilidade em curva, mas também em linha reta, através da contenção dos movimentos provocados pelas irregularidades do piso.

O comportamento em todo o terreno também resulta muito mais estável, onde  o PDCC permite separar o movimento vertical de cada roda do mesmo eixo, mantendo de forma mais eficaz o contacto com o chão.

O novo sistema PDCC utiliza agora um motor elétrico em cada eixo, cada um deles com a sua própria unidade de controlo, alimentados por uma bateria de 48 Volts. Uma ajuda importante para o sistema de tração integral “Hang on”, capaz de repartir o binário por cada eixo de forma ilimitada. Tem cinco modos de condução, a escolher consoante o tipo de piso, e combina-se com a variação da distância ao solo proporcionada pela suspensão pneumática opcional.

Tudo isto pode ser controlado e acompanhado através do belo ecrã central de 12,3 polegadas transplantado do novo Panamera.

MOTORES

Um SUV da Porsche tem de satisfazer qualquer um tanto na pista como nas dunas, tanto no dia-a-dia como a puxar o iate para fora da marina. Para isso, há que ter bons motores. Por enquanto, dois V6 e um V8, todos mais evoluídos.

A versão base utiliza o V6 de 3.0 litros e um só turbo, a debitar 340 CV e 450 Nm. O Cayenne S recebe uma versão mais potente deste mesmo bloco, com um pouco menos de cilindrada (2.9 litros) devido às diferenças de taxa de compressão, mas com 440 CV e 550 Nm de binário. Tem dois turbos dentro do “V”, tal como o grande V8 de 4.4 litros do Porsche Cayenne Turbo de 550 CV.

As performances anunciadas são impressionantes para um SUV destas dimensões e duas toneladas de peso: 6,2 segundos de zero a 100 km/h e 245 km/h para o V6 de 340 CV; menos um segundo na aceleração e 265 km/h para o Cayenne S e, no caso do V8 Turbo, 4,1 segundos de zero a cem (3,9 s com o pacote Sport Plus) e 286 km/h de velocidade máxima.

Os consumos interessam cada vez mais, mesmo quando falamos de carros que custam mais de cem mil cada um. Neste capítulo, o melhor valor pertence ao Cayenne base em circuito extra-urbano, com uma média de 7,9 l/100 km.

Todos os motores estão acoplados a uma caixa automática de oito velocidades Tiptronic S com conversor de binário e já compatível com as futuras versões híbridas do Cayenne.

O novo modelo inicia comercialização nacional no próximo dia 2 de dezembro e já está disponível para encomenda em Portugal. Os preços começam nos 101 460 € para o Cayenne e nos 119 454 € para o Cayenne S. O Turbo está agendado para o início de 2018.

 

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