O Citroën Xantia está a assinalar três décadas desde o seu lançamento em 2004. Durante a sua carreira comercial foram produzidas mais de 1,3 milhões de unidades na Europa, China e Irão. O Xantia destacou-se pela suspensão hidropneumática "Hydractive II", que reduzia o rolamento e melhorava a condução, sem sacrificar o conforto.
O Citroën Xantia assinala o seu 30º aniversário desde o lançamento oficial no Salão Automóvel de Genebra, no dia 4 de março de 1993. Sucessor do Citroën BX, este modelo foi produzido na Europa entre 1993 e 2002 na fábrica de Rennes-la-Janais, mas também teve uma carreira na China em 1996 e 1997, e no Irão até 2010. No total foram produzidas 1.326.259 de unidades.
Os primeiros esboços do Citroën Xantia foram propostos pelo centro de estilo italiano Bertone, tendo o projeto final sido liderado por Daniel Abramson no Centro de Estilo da Citroën.
Esta berlina adotou algumas das linhas dinâmicas, fluidas e robustas do então topo de gama da Citroën, o XM. Conforto, segurança e prazer de condução eram os principais argumentos do Xantia, na altura do seu lançamento.
O conforto era mesmo o grande atributo deste modelo naquela altura, com um amortecimento que se tornou numa verdadeira assinatura do Xantia e dos modelos que lhe sucederam.
O interior distinguia-se pela harmonia entre cores e materiais, num espaço bem decorado. Nele integrava-se, também, um habitáculo reforçado, mais rígido, com espessuras mais significativas de chapas pré-revestidas e barras de reforço nas portas, para uma maior segurança a bordo.
Suspensão Hydractive II
Durante os seus nove anos de produção na Europa, o Xantia conheceu várias evoluções. Inicialmente estavam disponíveis dois níveis de equipamento - SX e VSX - e três motorizações diferentes. As versões topo de gama recebiam o sistema de suspensão hidropneumática "Hydractive II", controlada eletronicamente, que reduzia o rolamento e melhorava a condução, sem prejudicar o conforto.
A suspensão hidropneumática convencional foi complementada por uma esfera adicional por eixo, que podia ser ativada pelas válvulas solenóides do circuito normal, compreendendo uma esfera por cilindro de suspensão. Isto permitiu definir dois estados de flexibilidade e amortecimento da suspensão: um mais macio e outro desportivo. Os sensores permitiam, então, que a ECU optasse entre os dois modos, dependendo das situações de condução.
Em 1994 chegava a versão Activa, que utilizava o sistema Hydractive II complementado por dois cilindros, que impediam o rolamento de exceder os 0,5°, elevando o número de esferas a bordo para dez. Assim equipado, o Xantia poderia manter-se plano a curvar. Uma tecnologia que levaria ao desenvolvimento de pneus específicos com o fabricante Michelin.
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Em 1995 era lançada a carroçaria versão break (carrinha) do Xantia, dois anos antes deste modelo ser renovado. Em 1998, era introduzido o motor diesel 2.0 HDi do Groupe PSA, um bloco diesel com tecnologia de common-rail de elevada pressão.