Citroën 2 CV pode estar de regresso

A Citroën poderá avançar para a produção do 2CV, incentivada pela força deste nome e pela tendência revivalista que está a “assaltar” a indústria automóvel. Se tal se confirmar, é certo que o futuro Citroen 2 CV será 100% elétrico e custará cerca de 20 mil euros

Quase oito décadas depois, o Citroën 2 CV pode estar de volta. A “tentação” é grande e natural, dado o sucesso deste modelo produzido entre 1948 e 1990, mas não é nova. Já em 2010 a marca francesa exibiu no Salão de Frankfurt o “concept-car” Revolte que – dizia-se – antecipava um modelo popular mas com algum grau de sofisticação, opção que teria como consequência um preço acima do C3 de então.

A Citroën continua a não confirmar os projetos para o 2 CV mas a verdade é que, recentemente, em conversa com os jornalistas, Pierre Lecrecq, responsável pelo design da marca francesa, referiu que um modelo com um desenho retro é mesmo uma possibilidade.

Clássico eterno

Às razões já apontadas para este regresso junta-se, também, o sucesso que estão a ter modelos como o Renault 5 e o Renault 4 (chega a Portugal no outono). Na senda do que já tinha acontecido, aliás, com a Mini, com o Volkswagen ID.Buzz e, mesmo, o Fiat 500.

Tal como estes, o futuro Citroën 2 CV poderá ter um posicionamento mais “sexy” entre a oferta 100% elétrica do construtor. Isto porque o seu preço deverá situa-se na fasquia dos 20 mil euros e a verdade é que o construtor francês já possui o novo ë-C3 que, em breve, deverá lançar uma versão com uma bateria mais pequena (e uma autonomia de 200 km), cujo preço deverá situa-se ao redor dos 18 mil euros.

Com um desenho ousado, manifestamente inspirado no modelo original que ficou conhecido como “o chapéu-de-chuva com quatro rodas”, o futuro Citroen 2CV deverá tomar como ponto de partida a plataforma Smart Car (multi-energia) que também serve o ë-C3 e outros modelos mais pequenos do Grupo Stellantis.

Também a propulsão e a fontes de energia fazem já parte do banco de órgãos do grupo que inclui a Opel, a Citroën, a Peugeot e a Fiat, entre muitas outras. Ou seja, o topo da oferta será assegurado por um motor elétrico de 113 cv alimentado por uma bateria de 44 kWh que garante uma autonomia (WLTP) de 320 km. Em alternativa, npara uma versão mais barata, mpoderá estar disponível uma bateria com 30 kWh de capacidade, capaz de assegurar 200 km de autonomia.

Inevitavelmente, o futuro 2CV será maior do que o modelo original (3,8 metros de comprimento) produzido entre 1948 e 1990, ano em que a última unidade saiu da linha de Mangualde.