A BYD reforçou a sua capacidade logística global com um novo navio. No total, já são oito cargueiros capazes de transportar mais de um milhão de automóveis por ano.
A BYD alcançou um marco estratégico no seu processo de internacionalização no dia 28 de setembro ao colocar em operação mais um navio da sua flotilha de transporte de automóveis.
Com a entrada em serviço do Jinan, a frota da marca chinesa passa a ter oito navios de transporte, que no total têm capacidade para exportar mais de um milhão de veículos por ano. A Europa e o Sudeste Asiático estão entre os principais destinos.
Os navios da BYD distinguem-se pelo seu tamanho: enquanto o primeiro da flotilha, o Explorer No.1, tinha capacidade para transportar 4.000 veículos, os mais recentes (como o Jinan) aumentam esse número para até 9.200 automóveis, estabelecendo um recorde mundial entre navios porta-viaturas movidos a gás natural liquefeito (GNL).
Destaque também para o uso de tecnologia de propulsão limpa a GNL, como é o caso do Shenzhen. Este navio integra motores de alta eficiência, geradores no eixo de propulsão e ligação às redes de energia portuária de alta tensão.
Esta aposta logística acompanha o crescimento global da BYD. Em 2024, a fabricante chinesa vendeu 4,27 milhões de veículos de novas energias, dos quais 1,76 milhões eram totalmente elétricos.
Embora a Tesla ainda tenha liderado nesse ano, com 1,79 milhões de elétricos vendidos, a inversão deu-se no primeiro trimestre de 2025, quando a BYD superou a rival norte-americana, com 416 mil unidades contra 387 mil.
Portugal surge entre os mercados de maior destaque neste avanço. Entre janeiro e agosto de 2025, a marca matriculou 3.732 veículos, um aumento de 140% face ao mesmo período do ano anterior. Desses, 2.913 eram modelos 100% elétricos, quase o dobro em relação a 2024.
Para além da flotilha, a BYD também está a apostar fortemente na produção local. As fábricas na Turquia e Hungria estão em fase final e está a ser discutida uma terceira unidade na Europa, possivelmente dedicada à produção de baterias.
Estas instalações permitirão à marca contornar as tarifas aduaneiras aplicadas pela União Europeia sobre veículos elétricos fabricados na China, consolidando ainda mais a sua posição no mercado europeu.
