A União Europeia e a China estão a estudar a hipótese das tarifas aplicadas às importações de veículos produzidos em território chinês serem substituídas por um preço mínimo para as viaturas. Esta não é a primeira vez que esta solução está em cima da mesa, tendo sido equacionada em novembro do ano passado e agora ressurgiu na sequência das tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
As negociações foram avançadas em primeira mão pelo jornal alemão Handelsblatt ao referir que o comissário europeu do comércio Maros Sefcovic falou com o ministro do comércio da China, Wang Wentao, e que ambas as partes concordaram em analisar a implementação de um sistema de preços mínimos.
O jornal germânico acrescenta que o acordo que está a ser procurado alcançar “vai para além da questão das tarifas”. Aparentemente, a União Europeia quer que os fabricantes chineses de automóveis não só construam fábricas na Europa como também criem centros industriais completos com encomendas a fornecedores europeus e a transferência de tecnologia.
Por outro lado, as tarifas especiais aplicadas pela União Europeia de veículos elétricos importados da China seriam substituído por preços mínimos. Supostamente, a medida destina-se a proteger os fabricantes europeus de preços abaixo de custo para veículos baratos produzidos na China. A vantagem para as marcas chineses é que podem ficar com a diferença para o preço mínimo e não têm de a pagar à União Europeia como taxas aduaneiras.