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Boss da Jaguar Land Rover diz que diesel é o futuro

Texto: António Amorim
Data: 6 de Maio, 2017

Ralf Speth, Presidente executivo da Jaguar Land Rover, veio a terreiro defender as potencialidades e a validade futura dos motores a gasóleo.

Uma afirmação destas não seria marcante se não viesse contra a vaga de contestação e descrédito atualmente direcionada contra os motores Diesel na Europa e, em parte, despoletada pelo escândalo das emissões do Grupo Volkswagen.

Abordando friamente a questão, o responsável pelo grupo de marcas britânicas integrado na indiana Tata Motors, chegou mesmo a afirmar que a tecnologia Diesel é mesmo essencial para a indústria automóvel europeia, caso esta pretenda cumprir as galopantes exigências ambientais.

“A tecnologia diesel mais recente é um salto em frente tão significativo no que diz respeito a emissões, performances e partículas, que resulta melhor para o ambiente do que um motor a gasolina equivalente. O Diesel tem de ter, e precisa de ter, um futuro”, afirmou Speth.

Em declarações ao jornal “Automotive News Europe”, o CEO da JLR adianta ainda que “as emissões mais limpas dos diesel modernos constituem uma importante tecnologia de transição para que as emissões continuem a descer até que os elétricos e híbridos entrem a sério no mercado.”

Comentando a recente tendência da indústria europeia para um regresso aos motores a gasolina, Speth contesta, referindo que “isso é mau para a indústria, mau para a Jaguar Land Rover e mau para a Europa”. Na sua opinião, a indústria automóvel europeia está relutante em relação aos diesel mas este afastamento pode ter efeitos negativos na capacidade deste mercado para cumprir os objetivos ambientais definidos.

A diabolização dos diesel na Europa começou com o “dieselgate” dos TDi da Volkswagen nos Estados Unidos, sobre o qual o responsável pelo grupo de marcas britânico refere ter-se tratado de uma manobra de manipulação de software inaceitável e que, “infelizmente, toda a indústria sofreu com isso, não apenas a Volkswagen.”

Nas palavras de Speth, “ninguém acredita já na indústria automóvel e toda a gente nos vê como prevaricadores. Temos de ser nós e demonstrar que esta tecnologia é a melhor para reduzir danos na saúde e defender o ambiente.”