A BMW acaba de anunciar o lançamento no mercado do seu primeiro automóvel de produção em série, equipado com sistema de propulsão a hidrogénio, num prazo máximo de quatro ano, ou seja, em 2028. Solução em que contará, igualmente, com o beneplácito da Toyota Motor Corporation.
A garantia foi dada pelo próprio BMW Group, em comunicado, e na sequência do anúncio do alargamento da parceria com a Toyota. A qual tem visado, entre outros objectivos, o desenvolvimento da tecnologia de propulsão com base em célula de combustível a hidrogénio.
Com o agora anunciado alargar da parceria, as duas empresas assumem o compromisso de desenvolver um sistema do propulsão a pilha de combustível a hidrogénio de “nova geração”, para aplicação em automóveis de passageiros e veículos comerciais, noticia a Automotive News Europe.
Recorde-se que a BMW já se encontra, há vários anos, a testar protótipos movidos a hidrogénio, como é o caso do SUV iX5. Cuja pilha de combustível foi, de resto, fornecida pela Toyota Motor Corporation.
As duas empresas têm sido dois dos principais impulsionadores desta tecnologia, com base no argumento de que consegue garantir mobilidade zero emissões, ao mesmo tempo que e ao contrário dos elétricos, não apresenta quaisquer problemas em termos de autonomia ou tempos de abastecimento. Já que um carro a hidrogénio demora o mesmo tempo a reabastecer que um veículo a combustão a gasolina ou diesel.
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Desta forma, as únicas limitações residem, para já, na infraestrutura de reabastecimento, quase inexistente até ao momento, e no processo de eletrólise que é usado para extrair hidrogénio da água. O qual, hoje em dia, é levado maioritariamente a cabo com recurso a combustíveis fósseis, permitindo aos críticos afirmar que todos os benefícios decorrentes das emissões zero no escape, acabam sendo anuladas pelas emissões resultantes da produção de hidrogénio.
Quanto ao chamado hidrogénio “verde”, produzido a partir de energia renovável ou fontes sustentáveis, continua sem atingir níveis de produção suficientes, que permitam torná-lo rentável ou até acessível à maior parte dos consumidores.
Ainda assim e apesar deste enquadramento, para a BMW, “o hidrogénio é a peça que faltava para completar o puzzle da mobilidade elétrica, no qual os sistemas de accionamento elétrico por bateria não são a solução ideal”, afirma o fabricante alemão em comunicado.
Finalmente e além do objectivo de desenvolver um sistema de propulsão a pilha de combustível a hidrodénio de nova geração, BMW e Toyota garantem, no mesmo comunicado, que vão trabalhar no sentido de expandir a infraestrutura de reabastecimento de hidrogénio e reforçar os níveis de fornecimento de hidrogénio sustentável.