Baterias de carros elétricos alarmam Israel em guerra

Em conflito aceso com o Irão, as autoridades israelitas estão preocupadas com os elétricos estacionados nos portos do país. Saiba o que está em causa.

O conflito entre Israel e Irão trouxe à superfície uma nova ameaça insuspeita: os carros elétricos.

Recentemente, um míssil iraniano atingiu o bairro de Neve Sha'anan, em Haifa, Israel, e a explosão provocou o incêndio de vários veículos elétricos, cujas baterias alimentaram as chamas descontroladas.

O presidente da Câmara de Haifa, Yona Yahav, manifestou publicamente a sua preocupação e apelou ao encerramento do porto de Haifa, onde são armazenados milhares de carros elétricos.

O receio? Que esse estaleiro, local por onde passam milhares de toneladas de carga anualmente, se torne alvo de um ataque iraniano e que os veículos elétricos o transformem num epicentro de destruição ainda maior.

O risco das baterias de lítio

Ao contrário dos veículos térmicos, os incêndios em carros elétricos são mais difíceis de apagar por causa das suas baterias.

Quando perfuradas, as baterias podem entrar em fuga térmica, uma reação química autoalimentada e de difícil contenção.

De acordo com o site hebraico “Calcalist”, a Administração de Navegação e Portos de Israel já ordenaram os importadores que removessem de imediato os carros elétricos armazenados nos portos importantes e que sejam afastados de infraestruturas críticas.

Este perigo de incêndio autoalimentado não é novo e diversos fabricantes de automóveis já estão a desenvolver soluções que mitiguem o risco. Entre eles, estão a General Motors e a Stellantis, como poderá ler no artigo abaixo.

  • GM regista patente para um sistema de escape nos elétricos

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O parque automóvel israelita

O mercado de carros elétricos tem crescido globalmente e Israel não é exceção: de 2600 unidades em 2019, cresceu para cerca de 96 mil em 2023 – um crescimento anual composto de 146 %.

Este crescimento é atribuído a diversos fatores, entre eles a introdução de novas marcas chinesas no mercado, com carros mais acessíveis, e os incentivos fiscais.