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Audi pode perder importância no Grupo VW


Data: 6 de Novembro, 2018

O papel principal atribuído ao fabricante de Ingolstadt no desenvolvimento de novas tecnologias para o consórcio germânico pode desaparecer com o novo plano estratégico, que deve ser apresentado dentro de dez dias

O Grupo Volkswagen prepara-se para apresentar um novo plano estratégico, que deve ser apresentado pelo CEO Herbert Diess ao Conselho de Supervisão da empresa no dia 16 de novembro. A ideia passa por ter uma vista alargada para o futuro, com uma fonte a revelar que “a estratégia não cobre os próximos cinco anos [como é habitual], mas olha para a próxima década”. E nessa estratégia o Grupo VW deve optar por dar primazia ao desenvolvimento conjunto com outros fabricantes, o que significa que a Audi pode perder importância nesse campo.

 

A marca dos quatro anéis tem sido o principal pólo de desenvolvimento da empresa do gigante germânico. Mas o papel que teve na criação do motor usado para o Dieselgate, e a consequente saída de vários responsáveis de topo, pode levar a que perca o peso que tem tido na área da pesquisa para todo o Grupo VW. Um outro motivo apontado é a necessidade de cortar nos custos de investigação, algo que pode ser feito com parcerias como aquela já em andamento com a Ford. Afinal, só em 2017 o Grupo VW gastou 11,7 mil milhões de euros na área de Pesquisa e Desenvolvimento.

A Ford tem sido, efetivamente, um forte tema de conversas em relação ao Grupo Volkswagen nos últimos tempos, com vários rumores a apontarem para o alargamento da cooperação entre os dois fabricantes. Depois de já terem encetado um acordo para os veículos comerciais, agora os laços podem ser reforçados com colaborações para novas soluções de mobilidade, como os veículos autónomos e a eletrificação. Segundo as informações que estão a ser avançadas, uma nova parceria pode garantir o acesso da Ford à plataforma MEB, a base para modelos de emissões 0 do Grupo VW, enquanto os germânicos podem entrar no capital da empresa criada pelo fabricante americano para a condução autónoma. Contatadas pela Automotive News Europe, as duas companhias recusaram tecer comentários sobre possíveis acordos para o futuro.

 

Fonte. Automotive News Europe