Ataques incendiários contra Teslas considerados terrorismo

Três indivíduos enfrentam penas de até 20 anos de prisão por ataques incendiários contra veículos e propriedades da Tesla. Os atos estão a ser classificados como “terrorismo doméstico” pela Procuradora-Geral dos Estados Unidos.

A Procuradora-Geral dos Estados Unidos, Pamela Bondi, anunciou acusações formais contra três pessoas envolvidas em ataques contra veículos e propriedades da Tesla, nos Estados Unidos da América (EUA).

Os incidentes, que incluíram o uso de cocktails Molotov para incendiar veículos e estações de carregamento, ocorreram como protestos relacionados com o papel de Elon Musk na administração de Donald Trump no governo dos EUA.

Os acusados enfrentam penas que podem variar de cinco a 20 anos de prisão, de acordo com a gravidade dos seus atos.

Um dos ataques ocorreu em Salem, Oregon, onde um dos suspeitos lançou cerca de oito cocktails Molotov contra uma concessionária da Tesla. Tinha, também, alegadamente, na sua posse, uma carabina AR-15 com supressor.

Outro incidente foi registado em Loveland, Colorado, onde um indivíduo tentou incendiar veículos da marca de Palo Alto e foi encontrado na posse de materiais para fabricar mais engenhos incendiários.

Em Charleston, Carolina do Sul, um terceiro suspeito vandalizou várias estações de carregamento, antes de as incendiar.

A Procuradora-Geral classificou estas ações como “terrorismo doméstico” e afirmou que o Departamento da Justiça dos EUA está comprometido em impedir ataques contra a Tesla.

Sublinhou, ainda, que os envolvidos enfrentarão penas severas, reforçando a política de tolerância zero contra atos de violência.

A enorme ação de recall

Paralelamente a isto, a Tesla enfrenta outro problema: a empresa anunciou uma ação de recall para a Cybertruck, convocando todos os proprietários do modelo a deslocarem-se às oficinas da marca.

A ação abrange mais de 46 mil unidades produzidas entre novembro de 2023 e fevereiro de 2025, devido a um defeito no painel externo. Este pode soltar-se durante a condução, representando um perigo para outros condutores.

Apesar de ainda não terem sido registados acidentes relacionados com esta falha até ao momento, a empresa norte-americana compromete-se a substituir gratuitamente os painéis afetados.

Talvez mais incomum para os proprietários de veículos da Tesla, é o facto do problema não poder ser resolvido através de uma atualização de software,  obrigando-os a levar o carro a uma oficina certificada para resolver a situação.

Este já é o oitavo recall da Cybertruck em pouco mais de um ano, o que alimenta preocupações sobre a qualidade de construção dos veículos da Tesla. Quanto à sua segurança, essa já tem provas mais que dadas.

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A empresa está a enfrentar um período desafiante, com uma queda acentuada no valor das suas ações e um aumento da concorrência no mercado dos veículos elétricos.