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As 10 pilotos mais bem sucedidas do mundo

Texto: Francisco Correia
Data: 24 de Março, 2017

Depois de lhe termos mostrado as pilotos mais sensuais do mundo, onde a primeira é portuguesa, mostramos-lhe agora as pilotos mais bem sucedidas no competitivo mundo do desporto automóvel ao longo da história. Com passagens pelos ralis, pelas pistas e pelas corridas de aceleração americanas, estas mulheres representaram, ao longo da história, a posição do seu género em atividades que estavam muito ligadas aos homens mas que não lhes eram indiferentes. Autênticas vencedoras!

10. Denise McCluggage (20 de Janeiro de 1927 – 6 de Maio de 2015)

Jornalista, autora, fotógrafa e uma das figuras imortais dos motores. Destacou-se por ser uma das intervenientes na procura da igualdade de género nos Estados Unidos da América nos anos 50, principalmente no ramo do jornalismo e dos desportos motorizados. Conhecida por competir com um capacete branco às bolinhas cor-de-rosa, McClugagge teve o privilégio de conduzir modelos da Porsche (nomeadamente com o 550, onde venceu as corridas femininas de Nassau de 1956-57 e o Grand Prix feminino da Venezuela), Maserati, MG e Jaguar. É a única jornalista presente no corredor da fama dos automóveis em 2010. Faleceu aos 88 anos.

9. Mariette Hélène Delangle, Hellé Nice (15 de Dezembro de 1900 – 1 de Outubro de 1984)

Conhecida por Hellé Nice, foi uma das pilotos mais polémicas do seu tempo. No auge da sua carreira, nos anos 30 no Brasil, esta piloto, dançarina e modelo francesa, chocou a sociedade da época por fumar em público e por pintar as unhas. Em 1936, ainda em solo brasileiro, sofreu um grave acidente e muitas mães e admiradoras batizaram as suas filhas com o nome “Hellenice” em sua homenagem. Destacou-se por bater recordes mundiais com um Omega-Six e de vencer muitas corridas ao serviço da Bugatti e da Alfa Romeo. Com a Segunda Guerra Mundial, as corridas ficaram suspensas e regressou a França onde mais tarde, ao querer retomar a sua carreira, foi acusada de colaborar com o regime nazi.

8. Sabine Schmitz (14 de Maio de 1969 -)

De regresso ao século vinte e um, eis uma das apresentadoras da série TopGear da BBC e piloto da BMW e da Porsche. Conhecida como a “rainha do anel”, Sabine Schmitz conhece a pista de Nürburgring Nordschleife como ninguém, visto que já a percorreu em mais de 20 mil ocasiões com um M5 RingTaxi da BMW. Venceu o desafio de 24 horas deste circuito em 1996 e 1997 com um M3, chegou ao topo em provas da Castrol e em competições de resistência da VLN (1998). Curiosamente, os primeiros contactos com esta célebre pista germânica ocorreram devido à sua formação em hotelaria, que a levou a ter um negócio familiar lá perto.

7. Patricia Ann Moss-Carlsson, Pat Moss (27 de Dezembro de 1934 – 14 de Outubro de 2008)

Irmã do lendário piloto da Fórmula 1 dos anos 50, Stirling Moss, Pat conquistou o sucesso nos terrenos mais arenosos. Venceu o campeonato europeu de ralis feminino por 5 vezes (1958, 1960, 1962, 1964 e 1965), no panorama internacional alcançou o pódio em 7 ocasiões, sendo que 3 foram no primeiro lugar. Em meados dos anos 60 aliou o amor aos motores, com o seu marido também piloto, o sueco Erik Carlsson, e começaram a competir juntos, dando lugar à publicação de dois livros: A Arte e Técnica de Conduzir (1965) e A História até agora (1967). Vítima de cancro, faleceu em 2008, quando tinha 73 anos.

6. Courtney Force (20 de Junho de 1988 -)

Já referida como uma das pilotos mais sensuais dos desportos motorizados, Courtney Force é também uma das pilotos mais jovens desta classificação e já é bastante bem sucedida. De origem americana, compete ao volante de um Chevy Camaro SS Funny Car da equipa do pai, John Force. Com ele, já conquistou o campeonato do mundo de NHRA por 16 ocasiões, fazendo muitos homens “comer pó”.

5. Jutta Kleinschmidt (29 de Agosto de 1962 -)

Será difícil “bater” esta senhora. Inicialmente como competidora nas motos, é a única mulher a vencer o Rali Dakar, em 2001, sendo a primeira pessoa de nacionalidade alemã a conquistar este título na categoria de carros. Corajosa!

4. Marie-Claude Charmasson (17 de Setembro de 1941 -)

Uma das lendas vivas dos motores. Participou praticamente em todas as provas dos ralis europeus como piloto e também como co-piloto ao serviço das marcas Citröen, Opel e Lancia. Mais tarde, deu o salto para as pistas onde participou em diversas provas de resistência, em conjunto com pilotos masculinos da Chevrolet, Alpine-Renault e Porsche.

3. Evelyn Gene Cornwall, Lyn St. James (13 de Março de 1947 -)

Uma piloto americana de resistência notável! Foi uma das sete mulheres que se qualificou para a prova Indianapolis 500 do campeonato IndyCar, onde foi a revelação em 1992. Ainda na América, alcançou o ódio em 3 ocasiões nas 12 horas de Sebring (com 1º lugar em 1990) e tem uma vitória nas 24 horas de Daytona. Na Europa, competiu nas mesmas provas em Le Mans e em Nürburgrin. Desde 1994 promove o papel das mulheres nas corridas na iniciativa Mulheres no Círculo Vencedor como comunicadora motivacional. Para além disso, exerce funções nos painéis da NASCAR.

2. Shirley Muldowney (19 de Junho de 1940 -)

Estamos perante a primeira mulher a receber licença para disputar os campeonatos NHRA em 1958. Com um total de 18 vitórias nesta série, foi a primeira pessoa a vencer dois e três títulos na categoria TopFuel que mereceram nomeações para a equipa de sonho automóvel norte-americana por 5 ocasiões durante as décadas de 70 e 80. Uma apaixonada por construir e dirigir hot rods, Muldowney encontra-se a batalhar contra um cancro diagnosticado em Março de 2016. Tem hoje 76 anos.

1. Michèle Mouton (23 de Junho de 1953 -)

Uma gaulesa com vitórias nos genes desde muito cedo. Em 1975 venceu a prova das 24 horas de Le Mans na classe de motores conceptuais de 2.0L. No primeiro ano ao volante de um Audi Quattro, em 1981, tornou-se a primeira mulher a vencer uma etapa do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC) em Sanremo, Itália. No ano seguinte, ao vencer uma série de etapas (incluindo em Portugal e no Brasil) teria sido campeã do mundo se não fosse um erro mecânico e a morte do seu pai na véspera da prova decisiva. Também competiu com a Fiat e a Peugeot.

É a co-fundadora da anual Corrida dos Campeões, que reúne os melhores pilotos do mundo de todos os segmentos. Tornou-se a primeira Presidente da Comissão Feminina da Federação Internacional do Automóvel (FIA) em 2010 e foi gestora da entidade durante o WRC de 2011.

Fonte: Jalopnik