É oficial. Abarth abandona automóveis com motor a combustão

A Abarth, que fez história com o fabrico de componentes e na preparação desportiva de modelos da Fiat, anunciou que vai passar a vender apenas veículos elétricos.

É o sinal dos tempos, mais uma vez. Conhecida, há décadas, pelo envolvimento na competição, nomeadamente, fazendo alinhar modelos da Fiat devidamente transformados, a Abarth anuncia que vai passar à etapa seguinte e deixar de vender carros novos com motor de combustão.

A notícia foi confirmada pelo diretor da Fiat e da Abarth na Europa, Gaetano Thorel, em declarações à Autocar, justificando a decisão com base na alta fiscalidade a que os clientes europeus são submetidos por comprarem carros com motor térmico.

Thorel referiu que, em Itália, um proprietário que possua um veículo que emita 180 g/km de CO2 está sujeito a um imposto rodoviário anual entre os 1000 e 2000 euros.

Por outro lado, um modelo totalmente elétrico, encontra-se isento desse tipo de imposto, e, de acordo com o diretor, é capaz de oferecer um desempenho comparável e sem compromissos.

O que se segue?

Como consequência desta decisão, a Abarth só irá lançar, daqui em diante, modelos elétricos desportivos.

Apesar de já ter sido anunciada, para 2026, uma motorização híbrida para o Fiat 500e, não existem planos para que o modelo venha a ser transformado pela histórica divisão desportiva italiana, uma vez que a Abarth já admitiu considerar a tecnologia como pouco adequada à filosofia da marca.

Segundo Thorel, um modelo construído de raiz pela divisão desportiva também não se encontra nos planos, uma vez que os modelos da Abarth sempre tiveram como ponto de partida um produto existente na gama Fiat.

Após o lançamento das variantes desportivas do 500e e o 600e, não existe, ainda, informação sobre a possibilidade de um terceiro desportivo elétrico da Abarth.

Recorde que, nos últimos meses, a Stellantis confirmou, através do CEO, Carlos Tavares, que está disposta a vender as marcas que não consigam ser rentáveis.

Apesar de não mencionar especificamente a Abarth, que recorre aos modelos da Fiat, uma das marcas a salvo, o gestor português referiu que as marcas em dificuldade terão os próximos anos para melhorar a situação.