Ferrari V12
Ao longo dos anos, a Ferrari construiu diversos gloriosos motores de 12 cilindros. Mas talvez o melhor tenha sido o último: o som do V12 de 3.0 litros do 452 T2 que correu na temporada de 1995 é considerado uma das melhores sinfonias alguma vez extraídas de um carro de Fórmula 1, distinguindo-se dos V10 que entretanto se tinham tornado comuns no desporto. Infelizmente para os fãs, a Ferrari viria a substituí-lo por um mais eficiente V10 em 1996, com o som do V12 a perder-se para sempre desde então.
BRM V16
Na construção do seu primeiro carro de Fórmula 1, a BRM optou por construir um motor em V de 16 cilindros e 1.5 litros munido de um compressor volumétrico. Apesar de muito potente, com mais de 600 cv, o bloco mostrou-se também pouco fiável, acabando por se manter por pouco tempo no ativo. O seu maior legado foi mesmo o som produzido.
Matra V12
Utilizado tanto na Fórmula 1 como nas corridas de endurance para equipas como a Shadow, Ligier ou a a própria Matra, o motor V12 dos franceses tinha algo em comum em todas as suas interações: o som que dele derivava era simplesmente espetacular. Ouvido pela primeira vez em 1968, foi sendo sempre atualizado até ao ponto em que a Ligier ainda o usou na Fórmula 1 em 1982, prova da sua impressionante longevidade.
Honda V10
Para muitos dos fãs da F1, em particular os mais contemporâneos, a era V10 foi a mais emblemática no que ao som dos carros diz respeito. Olhando para os vídeos da época é difícil pensar de forma distinta, até porque antes de abrirem caminho para os V8, em 2006, produziam mais de 900 cv e 19 000 rpm. Neste particular, talvez o motor da Honda tenha sido o mais ruidoso de todos. Recorde-o numa volta do BAR-Honda de Takuma Sato, no Nürburgring, em 2004.
BMW four cylinder turbo
O motor mais potente da história da F1 tinha também um som distintivo. Apesar dos seus quatro cilindros e 1.5 litros, o turbocompressor fazia com que esta unidade da BMWs atingisse os 1500 cv provando igualmente que os motores turbo não têm de ser amorfos e sombrios.
Alfa Romeo V8 turbo
Afinal, motores de quatro cilindros turbo não são para si? Então o que dizer sobre este V8 turbo da Alfa Romeo? A marca italiana foi a única a explorar este conceito na Fórmula 1, vindo a provar-se pouco fiável, potente e sorvedor de gasolina. Já o som era outra conversa...
Honda V12
Não se deixe enganar. Não vai ouvir nenhum dos McLaren utilizados por Ayrton Senna e Alain Prost na segunda metade da década de 1980, até porque esses eram um V6 turbo e um V10 atmosférico. Antes o V12 original que a Honda trouxe para a F1 quando se estreou no desporto, na década de 1960. Modesta para os dias de hoje, a potência de 230 cv tornava-o no mais potente V12 da modalidade, com um som à altura desse título.
Lamborghini V12
É fácil esquecermo-nos de que a Lamborghini passou pela Fórmula 1, tal os resultados modestos que obteve fornecendo equipas do fim da tabela como a Larrouse, Minardi, Lotus ou a própria Modena por si financiada. Apesar de potente, o motor era ainda pouco fiável. Mas isso não impediu a McLaren de testá-lo no final de 1993, considerando-o melhor do que os motores Ford que utilizava naquela altura. O som também pode ter ajudado.