M1E: Conheça a nova categoria europeia de carros elétricos acessíveis

A Comissão Europeia está a preparar uma nova categoria de carros elétricos pequenos e acessíveis. Entre os benefícios estão menos impostos, isenção de portagens e vantagens urbanas.

A Comissão Europeia (CE) vai criar uma categoria de automóveis elétricos pequenos e acessíveis, designada M1E, integrada no novo Pacote Automóvel e na Iniciativa Small Affordable Cars.

O objetivo é apoiar a indústria automóvel europeia na transição para uma mobilidade limpa, reduzindo custos, burocracia e acelerando a eletrificação, ao mesmo tempo que oferece benefícios diretos aos consumidores e aos fabricantes.

Esta medida surge num contexto mais amplo da flexibilização das metas de emissões para 2035. Embora se mantenha o objetivo da mobilidade limpa, a venda de automóveis a combustão poderá continuar após essa data, desde que sejam cumpridas determinadas condições.

  • Tudo sobre o novo plano que adia o fim dos motores de combustão

    ID: 205651 | 2198954225

M1E incluirá citadinos e utilitários

A nova categoria M1E aplica-se a automóveis ligeiros de passageiros totalmente elétricos, com até 4,2 metros de comprimento.

Isto significa que não abrangerá apenas citadinos do segmento A, mas também modelos do segmento B.

Entre as novidades desta nova categoria estão as vantagens económicas para o consumidor. A proposta prevê apoios à aquisição, regimes fiscais próprios, isenção de portagens, tarifas e lugares de estacionamento exclusivos, como também o acesso privilegiado a zonas urbanas e infraestruturas de carregamento dedicadas.

Vantagens para os fabricantes

Para os fabricantes, a categoria M1E também traz vantagens relevantes. Cada veículo vendido contará como 1,3 veículos nas contas das emissões, através de um sistema de “supercréditos”.

Com este mecanismo, a CE espera ajudar os construtores a cumprir metas ambientais e também incentivar à produção de carros elétricos compactos na União Europeia.

Outra medida estrutural é o congelamento dos requisitos regulamentares por um período de 10 anos. A Comissão Europeia acredita que esta estabilidade dará previsibilidade aos fabricantes, reduzirá custos de desenvolvimento e facilitará a produção de elétricos mais acessíveis, mesmo que ainda não seja claro quais os equipamentos, incluindo os de segurança, que poderão deixar de ser obrigatórios.