Calor aumenta o risco: 5 razões porque rebenta um pneu

As tecnologias e todos os materiais utilizados pelos automóveis evoluíram muito nas últimas décadas mas é um engano pensar que os perigos do passado são… passado. Um bom exemplo são os pneus… que continuam a requerer precisamente os mesmos cuidados e atenções de sempre.

Percebemos nos últimos de dias, da pior maneira, que o rebentamento de um pneu continua a ser um dos principais fatores capazes de causar um acidente grave. E a verdade é que esse risco aumenta com o calor extremo e em viagens longas, por exemplo. Estar atento aos sinais e conhecer os comportamentos de risco são duas regras essenciais.

Bolhas e Fendas

A formação de bolhas no “ombro” dos pneus (a parede lateral) é um sinal que não deve ser menosprezado. Elas resultam de um conjunto de fatores com destaque para os impactos produzidos por pedras, pela circulação em pisos degradados, pelos buracos nas estradas, ou pela constante subida e descida de passeios. Uma bolha leva inevitavelmente ao rebentamento do pneu. Estas mesmas condições mais exigentes de circulação (nomeadamente estradas com mau piso) podem provocar fendas ou rasgões nos pneus. Uma observação periódica atenta permite identificar estas situações que aumentam em muito o risco de rebentamento do pneu.

Desgaste

O desgaste anormal de um pneu (mais na parte interna ou na externa) pode resulta de diversas situações, sendo a pressão inadequada a mais comum. Porém, há outras causas que devemos levar em conta, como a direção desalinhada, as rodas descalibradas e o mau estado da suspensão. Os amortecedores em mau estado fazem com que numa travagem mais brusca o carro “afocinhe” aumentando o desgaste nos pneus dianteiros. No arranque, pelo contrário, são os pneus traseiros os mais castigados. Esta situação é ainda mais comum nos automóveis mais potentes: em aceleração a geometria da suspensão altera-se e isso aumenta o desgaste na banda externa do pneu.

Condução

A forma como conduzimos é outro fator que influencia de forma direta o estado dos pneus. Acelerações e travagens bruscas e guinadas violentas na direção potenciam o desgaste e, principalmente, o risco de rebentamento de uma fragilidade existente.

No caso da velocidade elevada ou excessiva o “stress” sobre o pneu aumenta em muito. Se o pneu estiver com pressão inadequada a carga sobre as partes laterais e o aquecimento interno daí resultante vai aumentar o risco de rebentamento.

Carga

Um dos fatores de risco mais vezes negligenciado é a carga a bordo: o excesso e a sua distribuição incorreta. A carga excessiva ou mal distribuída é em si mesmo um fator de risco que aumenta com fatores como o mau estado da suspensão, por exemplo. Ao arrumarmos a bagagem é fundamental que observemos a pressão dos pneus indicada no livro de instruções ou em locais como a portinhola do tanque de combustível ou junto à porta do condutor, por exemplo. Este assunto é particularmente crítico, hoje em dia, nos automóveis elétricos, cujo peso decorrente da bateria situa-se acima das 2,5 toneladas.

Pressão

Insistimos no tema relacionado com a pressão correta pois ele é fundamental. Pneus com pressão baixa ou excessiva não só aceleram o desgaste como aumentam muito o risco de rebentamento, sobretudo a velocidades mais elevadas ou em condições de calor extremo. Não esqueça que o controlo da pressão dos pneus deve ser feito antes de percorrido o primeiro quilómetro da viagem.

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