Este reforço confirma a confiança dos alemães no projeto e aproxima a calendarização inicial, que prevê a chegada dos primeiros modelos desenvolvidos em conjunto em 2027, tanto sob a insígnia Scout como sob a marca Volkswagen.
A parceria entre a Rivian e a Volkswagen continua a evoluir de forma positiva, com o grupo alemão a anunciar um novo investimento de mil milhões de dólares na marca norte-americana
Este reforço confirma a confiança dos alemães no projeto e aproxima a calendarização inicial, que prevê a chegada dos primeiros modelos desenvolvidos em conjunto em 2027, tanto sob a insígnia Scout como sob a marca Volkswagen.
O entendimento entre as duas empresas remonta a 2024, quando foi revelado um acordo estratégico que previa um investimento total de 5,88 mil milhões de dólares. Desse montante, 3,5 mil milhões destinavam-se à aquisição de ações da Rivian, enquanto os restantes 2,3 mil milhões ficariam afetos à criação de uma joint-venture dedicada a tecnologias elétricas e de software. Importa sublinhar que a injeção de capital estava condicionada ao cumprimento de determinadas metas por parte da Rivian. Como os resultados têm sido satisfatórios, a Volkswagen decidiu reforçar a aposta.
Até ao momento, os alemães já aplicaram 2 mil milhões de dólares, assegurando cerca de 8% do capital da Rivian. Contudo, com os investimentos adicionais previstos – mil milhões em 2026 e 500 milhões em 2027 – a Volkswagen deverá consolidar-se como acionista de referência, podendo mesmo assumir a posição de maioritária na empresa americana.
No centro desta colaboração está a complementaridade das duas marcas: a Rivian trás know-how e soluções tecnológicas que a Volkswagen necessita, enquanto o grupo alemão disponibiliza os fundos que a jovem empresa americana procura para expandir. Após sucessivos problemas internos com a unidade de software Cariad, a Volkswagen concluiu que seria mais eficiente adotar a arquitetura “zonal” da Rivian. Este sistema divide a eletrónica do automóvel em diferentes zonas, cada uma controlada por um módulo computacional próprio. As vantagens são claras: simplificação da rede elétrica, redução do número de componentes, menor incidência de falhas e custos de produção mais baixos.
Para a Rivian, este fluxo de capital chega em momento crucial. Apesar de ter apresentado melhorias significativas nos resultados financeiros, a empresa continua deficitária. O apoio da Volkswagen permitirá acelerar a chegada do R2 ao mercado e prosseguir o desenvolvimento do R3, dois modelos estratégicos para ampliar a gama e aumentar as vendas.
Já para a Volkswagen, os benefícios também são relevantes. O primeiro veículo do grupo a integrar a nova arquitetura será o Volkswagen ID.1, previsto para setembro de 2027, um modelo que deverá desempenhar um papel fundamental na democratização da mobilidade elétrica na Europa. Posteriormente, a mesma tecnologia será estendida a marcas premium do grupo, como a Audi e a Porsche, reforçando a competitividade e a eficiência em segmentos de maior valor acrescentado.