Sindicato da Hyundai faz greves parciais de 3 dias na Coreia do Sul

O sindicato da Hyundai Motor iniciou esta quarta-feira uma greve parcial de três dias nas principais fábricas da Coreia do Sul, exigindo aumentos salariais, redução da jornada de trabalho e prolongamento da idade de reforma, numa ação que envolve cerca de 40 mil trabalhadores.

De acordo com a agência de notícias Reuters, o sindicato da Hyundai Motor, um dos maiores e mais influentes da Coreia do Sul, iniciou esta quarta-feira uma greve parcial de três dias em fábricas de todo o país, exigindo aumentos salariais, redução da jornada de trabalho e melhorias nas condições de reforma. A paralisação, aprovada no final de agosto pela maioria dos cerca de 40 mil membros do sindicato, decorre em várias unidades, incluindo as de Ulsan, Jeonju e Asan. Os trabalhadores interrompem a atividade por duas horas na quarta e na quinta-feira e por quatro horas na sexta-feira.

Sindicato exige bónus de 30% dos lucros recorde de 2024

Entre as principais reivindicações, os representantes laborais exigem o pagamento de um bónus correspondente a 30% do lucro líquido de 2024, ano em que a Hyundai registou receitas recorde, em grande parte graças ao crescimento das vendas nos Estados Unidos. O sindicato reclama ainda o aumento da idade legal de reforma dos atuais 60 para 64 anos, bem como a adoção de uma semana de trabalho de quatro dias e meio.

Com um historial de forte influência no movimento laboral sul-coreano, o sindicato da Hyundai foi pioneiro em 2003 ao negociar a introdução da semana laboral de cinco dias, numa altura em que a maioria dos trabalhadores ainda tinha de trabalhar aos sábados. Apesar do seu peso, não recorre a uma greve total por motivos salariais há sete anos. A última paralisação parcial ocorreu em dezembro de 2024, em protesto contra a declaração falhada do estado de emergência pelo então presidente Yoon Suk Yeol.

TÓPICOS:
Hyundai