Um ataque informático suspendeu as fábricas e sistemas da Jaguar Land Rover. Até ao momento, não há confirmação sobre como o construtor automóvel foi comprometido.
A Jaguar Land Rover está a passar por um dos momentos mais delicados da sua história recente.
Um ataque informático detetado a 1 de setembro obrigou a fabricante britânica a encerrar os seus sistemas informáticos e a suspender a produção nas suas fábricas na Grã-Bretanha e noutros países.
Até hoje, as suas operações continuam paralisadas e os impactos já se alastram à rede de fornecedores, muitos deles pequenas e médias empresas.
De acordo com a BBC, as unidades de Solihull, Halewood e Wolverhampton permanecem inativas, enquanto a empresa continua a avaliar a extensão dos danos. Os trabalhadores das respetivas fábricas foram dispensados, sem previsão de retorno.
Segundo a mesma publicação, estima-se que a JLR já tenha perdido entre 50 a 100 milhões de libras, com custos diários calculados entre os 5 e 10 milhões. Contudo, aponta que o maior perigo reside na cadeia de fornecimento da empresa, que emprega até 250 mil pessoas e depende do construtor automóvel.
O ciberataque ocorre num momento particularmente delicado para a Jaguar Land Rover.
A marca enfrenta uma situação difícil depois da Jaguar ter suspendido a produção de veículos e se ter tornado o alvo de críticas pela sua campanha de rebranding, sem esquecer as tarifas de importação impostas nos Estados Unidos.
O mercado dos Estados Unidos é crítico para a JLR, uma vez que representou um quarto das 430 mil unidades vendidas da marca entre 2023 e 2024.
Segundo a Reuters, a comunicação social britânica apontou vários grupos como possíveis responsáveis pelo ataque e indicou que a perturbação poderá prolongar-se durante mais semanas, algo que a empresa britânica não confirmou ou desmentiu.
Segundo a mesma agência, a JLR ainda não forneceu detalhes sobre o tipo de dados comprometidos, mas já informou que está a trabalhar com as autoridades competentes.
