Mclaren pode cortar até 500 empregos após fusão com a Forseven

A fabricante britânica anunciou um grande plano de redução de custos, na sequência da sua fusão com a Forseven, uma start-up de automóveis elétricos de luxo.

A Mclaren poderá cortar até 500 postos de trabalho como parte de uma reestruturação motivada pela fusão com a Forseven, uma start-up britânica de automóveis elétricos.

Já está em curso um processo de consulta que envolve os cerca de 2.500 trabalhadores das duas empresas, de acordo com a publicação The Standard.

Os cortes previstos são sobretudo onde existam funções duplicadas nas áreas de design e engenharia, informática, jurídico e recursos humanos e espera-se que afetem principalmente a sede da Mclaren Automotive em Woking, bem como as instalações em Bicester, Leamington e Surrey, em Inglaterra.

Fusão com a Forseven

A deicsão surge após a fusão das duas empresas, anunciada em abril, que resultou na criação da Mclaren Group Holdings. A liderar a nova entidade está Nick Collins, até aqui CEO da start-up Forseven.

Em declarações à Autocar, Collins afirmou que estão prestes a dar início à “história automóvel britânica mais entusiasmante das últimas décadas”.

A nova holding conta com o apoio financeiro da CYVN Holdings, uma empresa de investimento de Abu Dhabi, e é co-administrada por Paul Walsh e Luca di Montezemolo. Este último, antiga figura-chave da Ferrari na década de 90.

  • Ex-chefe da Ferrari junta-se à administração da Mclaren

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Já a Forseven é uma start-up que rapidamente reuniu uma equipa com mais de 700 profissionais oriundos de marcas automóveis rivais. Atualmente, prepara-se para lançar uma gama de modelos de luxo até ao final da década.

300 novos postos poderão ser criados

Um porta-voz da Mclaren confirmou que a redução de postos de trabalho garantirá que “as nossas operações estejam otimizadas para permitir resiliência e sucesso a longo prazo”.

O mesmo também referiu que “é uma situação difícil”, mas sublinha que “o realinhamento de funções e responsabilidades é um passo necessário na preparação para a união das duas empresas”.

Apesar dos cortes planeados, prevê-se que alguns dos trabalhadores afetados possam ser integrados nas 300 novas funções que a empresa espera vir a criar no âmbito da fusão.