BMW X5 xDrive 40E

Texto: Marco António / Fotografia: José Bispo
Data: 15 de Outubro, 2017

A seguir ao BMW i8, o X5 é o segundo modelo da marca alemã com um sistema hibrido plug. O objetivo foi transformaá-lo num SUV mais ecológico!

A sensibilidade ambiental é, hoje em dia, uma imagem de marca cada vez mais forte e a BMW sabe-o bem. Assim, depois de ter avançado com uma linha de produtos totalmente elétricos, a BMW tem vindo a eletrificar os modelos convencionais com várias soluções híbridas.

No entanto, é a primeira vez que a marca alemã avança para uma solução mais radical, introduzindo a função plug-in com o objetivo de aumentar a autonomia elétrica. Em relação aos sistemas já conhecidos, como o da Porsche, é pena que a solução da BMW não contemple a possibilidade de carregar a bateria em andamento, a não ser a partir da regeneração resultante da travagem ou da desaceleração.

Embora a razão dessa opção possa estar no aumento do consumo quando o motor de combustão tem simultaneamente de transmitir potência às rodas e gerar energia, a verdade é que essa função, bem gerida, é uma vantagem. Neste caso, esgotada a autonomia que pode ir até aos 40 quilómetros se não carregarmos muito no acelerador e ultrapassarmos os 120 Km/h, resta confiar numa boa regeneração ou ligar o carro a uma tomada e esperar cerca de 3 horas e 50 minutos para carregar a bateria. Esta tem capacidade para armazenar 9 KWh ou um pouco menos se tivermos uma wallbox.

Assim sendo, os 3,3 l/100 Km que a marca anuncia e que correspondem a uma emissão de CO2 de apenas 77 g/Km só são possíveis nos primeiros 100 quilómetros. A partir daí o consumo sobe, mas as metas dependem do modo híbrido que venhamos a escolher entre as três opções disponíveis (Auto eDrive, Max eDrive ou Save Battery).

Se na primeira opção os dois motores se conjugam para atingir o melhor resultado possível, na segunda só funciona o modo elétrico desde que exista carga na bateria. A terceira serve para guardar essa energia para trajetos urbanos onde, como sabemos, há maior capacidade regenerativa. Para além destas opções do sistema hibrido há ainda as funções do “Driving Experience Control”, conhecidas de todos os outros modelos da BMW. Neste caso, o mais relevante é o modo Eco Pro, dado ser o que nos proporciona maior economia graças a alguns truques como o de desligar o motor da transmissão em certas circunstâncias (função à vela”), desligar a climatização, bem como o aquecimento dos bancos e dos retrovisores.

Tudo em prol dos consumos, sem esquecer o contributo de uma caixa automática de 8 velocidades com uma gestão mais inteligente, que recebe no seu seio o motor elétrico de 113 CV. Ao todo são 313 CV e um binário superior a 500 Nm logo às 1250 rpm! No final, a nossa média rondou os 6,9 l/100 Km sem qualquer tipo de contenção nas prestações. Embora longe do valor oficial, consideramos uma boa meta tendo em conta que o peso desta versão ultrapassa as 2,3 toneladas, uma caraterística que penaliza o comportamento e o equilibro tradicional do peso pelos dois eixos, apesar de a suspensão pneumática atrás e do amortecimento variável minimizarem esse efeito.

O facto de a bateria estar alojada por baixo da mala reduziu a lotação a cinco lugares, um mal que afeta também alguns dos seus adversários, nomeadamente o novo Audi Q7 etron, que ainda não chegou ao nosso mercado.

VEREDITO

A solução hibrida proposta consegue consumos reduzidos sem sacrificar as prestações. Para além da sugestão do motor de combustão poder gerar energia, a maior crítica vai para a dificuldade em gerir o aumento de peso em curva.


Ensaio publicado na Revista Turbo 413, de fevereiro de 2016

Esta metodologia não se aplica a este artigo. Todo o texto encontra-se no capítulo inicial.

 

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