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Europeus não querem a condução autónoma

Texto: Nuno Fatela
Data: 15 de Dezembro, 2017

Além de não estarem interessados em experimentar esta alternativa, grande parte dos inquiridos pela Mazda afirma ainda temer que a condução se torne um prazer esquecido.

A Mazda anunciou os resultados de um estudo realizado em todo o “Velho Continente” e que conclui que os europeus não estão muito interessados em partilhar as estradas com carros que não levam uma pessoa ao volante. Do total de 11008 inquiridos, dois terços (66%) afirma que não quer passar o controlo da viatura, num sentimento que é abrangente pois não existem grandes diferenças entre países. Porque se, com 71%, o Reino Unido é onde menos desejam a condução autónoma, apenas na Itália esta avaliação fica abaixo dos 60%.

Mas a situação vai ainda mais longe. Porque a maior parte nem sequer deseja ter de partilhar as estradas com estes novos automóveis com piloto automático. Curiosamente, apesar de não quererem seguir a bordo deles, os britânicos (com 29%) são os que mais apoiam a introdução desta inovação. Por outro lado, os irredutíveis gauleses, e os holandeses, com 25%, são os que mais desconfiam e temem cruzar-se com veículos autónomos nas estradas.

E se existe quem pense que as gerações mais novas estão mais abertas a esta mudança e conceder o controlo dos automóveis, o estudo da Mazda vem contrariar essa ideia. Porque não existe diferença significativa entre os que apoiam esta introdução na faixa de idade entre 18-24 anos (33%) e os resultados nos grupos etários 25-34 (36%) e 35-44 (34%).

 

Mas os inquiridos pela Mazda mostram ser verdadeiros defensores da condução humana, Porque 69% diz esperar “que as futuras gerações continuem a ter opção de guiar os seus carros”. E o motivo não podia ser melhor, pois acreditam no prazer alcançado ao volante do automóvel. Cerca de 1/3 afirma mesmo que o carro é uma extensão da sua personalidade, e mais de metade (54%) diz que já pegou no carro apenas por diversão. Por isso, outra das conclusões deste estudo é que 34% dos europeus entrevistados pela Mazda afirma temer que no futuro guiar um automóvel se torne “um prazer esquecido”.