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Aposta da Ford em Detroit até comove ladrão…


Data: 26 de Junho, 2018

Após reativar a The Factory, a marca americana confirmou a compra e revitalização da antiga Michigan Central Station, considerada como um símbolo tanto dos tempos áureos como da decadência da cidade dos motores. E agora, que esta estação quer representar o ressurgimento de Detroit, ela contará com uma das suas principais obras de arte, devolvida por um ladrão muito sentimental…

Após quase três décadas de abandono e vandalismo, a Michigan Central Station foi adquirida pela Ford e será ponto central do seu novo Campus, com que a oval azul pretende ajudar a recuperar o prestígio e beleza de Detroit. Este emblemático local da cidade dos motores servirá para dar a conhecer aos visitantes da marca os seus projetos para o futuro dos transportes, e a sua compra conseguiu até comover um ladrão que havia retirado o famoso relógio desta Estação. Por isso, ele entrou em contacto com a Ford para o devolver à origem.

A Michigan Central Station junta-se a uma extensa área que será destinada aos planos da Ford, e que contempla ainda a recuperada The Factory (agora espaço de investigação aos elétricos e condução autónoma), o antigo ‘Detroit Public Schools Book Depository’, uma fábrica de latão desativada e mais 8000 m2 de terra livre que foram adquiridos. Em conjunto eles darão origem ao Campus da Ford, que terá mais de 111000 m2 de utilização mista e terá impacto na imagem desta cidade. E, além de ajudar a recuperar a beleza deste centro urbano cuja vitalidade (e decadência) sempre esteve muito ligada ao sucesso dos fabricantes americanos, terá ainda impacto nos habitantes. Isto porque a marca vai trazer para Detroit 2250 funcionários da Ford em 2022,  e serão criados mais 2500 postos de trabalho indiretos.

Foi Jim Ford a explicar o que significa a aquisição da emblemática estação para a marca. Ele referiu que “a Michigan Central Station é um poderoso símbolo das dificuldades de Detroit e também do seu ressurgimento, mas o investimento da Ford em Corktown vai muito além do valor simbólico”. Este responsável da marca avançou ainda que existe uma ligação muito forte entre a aposta neste local emblemático do passado da indústria automóvel e da própria Ford com o desejo da marca em ter papel central no futuro dos transportes.

 

Uma aposta que comoveu um ladrão…

Um dos factos mais curiosos sobre a aquisição da Michigan Central Station tem a ver com a inesperada chamada que a Ford recebeu e que foi notícia do Autoblog na última semana. Uma pessoa, que não se quis identificar, ligou para o Museu Henry Ford e disse que o relógio “queria voltar para casa”. Ele referia-se ao imponente marcador das horas que existia na Estação de Detroit, e que havia desaparecido durante os anos em que este lugar esteve totalmente abandonado.

O paradeiro do relógio esteve desconhecido durante duas décadas, e para evitar problemas quando o devolveu à Ford, este sentimental ladrão combinou um local, curiosamente a apenas 3km da Michigan Central Station, onde deixaria esta obra de arte moderna. E pediu que a marca enviasse uma carrinha e dois homens para o carregar. E foram dois funcionários que se ofereceram para a tarefa que completaram esta viagem e trouxeram “de volta a casa” este marco, que provavelmente voltará ao local onde ficou na memória de muitas pessoas.