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Por amor à natureza – Viagem Turbo Pedras Salgadas Spa&Resort

Texto: Júlio Santos
Data: 31 de Dezembro, 2016

O Pedras Salgadas Spa&Resort é a interpretação perfeita de como o luxo e o bem-estar podem coexistir, em absoluta harmonia, com o turismo de natureza e a preservação ambiental. O Hotel integra-se no parque de maneira sublime, enriquecendo-o, e ao redor não faltam motivos capazes de tornar esta visita inesquecível para aqueles que amam verdadeiramente a natureza. Sobretudo se nos deslocarmos ao volante do Mitsubishi Outlander PHEV, cujas características ambientais não colidem com aquilo que simboliza o automóvel: a liberdade absoluta para nos deslocarmos.

Esta é uma reportagem diferente. Quase obrigatoriamente. Todos os meses partilhamos aqui consigo um local que nos apaixonou e, depois, deixamos-lhe a indicação dos serviços de apoio que recomendamos (porque ajudaram a alimentar essa paixão). Desta vez é diferente.

Quando decidimos que o carro a utilizar nesta viagem seria o Mitsubishi Outlander PHEV assumimos como obrigatório que as caraterísticas diferenciadoras deste Hybrid Plug in teriam que estar em coerência com toda a viagem. Não bastava embrenharnos na verdejante serra transmontana e, por isso, escolhemos como base logística aquele que é, com certeza, um dos mais ecológicos hotéis de Portugal. Ecológico pelo soberbo enquadramento paisagístico conseguido pelo arquiteto Luis Rebelo de Andrade. Ecológico, também, pela atmosfera de absoluta tranquilidade que nos envolve. A tal ponto ficamos fascinados com o Pedras Salgadas Spa & Natural Park que, sem darmos por isso, deixamos que os papéis se invertessem: o hotel assume nesta reportagem de viagem um protagonismo inusitado porque, afinal, quase não nos apetece sair daqui – a verdade é essa. Aqui carregamos as baterias para mais um ano, com energia realmente verde!

 

HISTÓRIA DE REIS

A uma hora do Porto, a caminho de Chaves, o parque de Pedras Salgadas estende-se por mais de 20 hectares e é povoado por algumas árvores centenárias, com destaque para sequoias gigantes, cedros do Atlas e ciprestes do Buçaco que contribuem para um ambiente de absoluta tranquilidade donde não apetece sair. No entanto aquilo que desde os finais do século 18 colocou o Parque de Pedras Salgadas na rota da plebe e da realeza (D. Fernando passava aqui longas temporadas, tal como D. Carlos, o que impulsionou a chegada do caminho de ferro, em 1909) foram as propriedades medicinais das águas termais que ganharam fama em todo o Mundo depois de, em 1873, conquistarem a medalha de ouro na Exposição de Viena de Áustria. Além da divulgação internacional, este prémio foi o passo decisivo para a construção do Balneário Termal que até meados do século passado figurava entre os mais frequentados do país.

A progressiva perda de importância da atividade termal viria a ter reflexos também em Pedras Salgadas embora a empresa de engarrafamento e comercialização das famosas águas, fundada em 1875, tenha mantido sempre uma significativa atividade.

Se foi a preservação do nome, ou o regresso dos hábitos do termalismo, que ditou a revigorização do Parque de Pedras Salgadas isso pouco importa. A verdade é que, sob a orientação da Unicer (que na região detém, também, o emblemático Vidago Palace Hotel) o parque recuperou por inteiro a sua pujança e, só por si, justifica amplamente uma visita, seja para beber água numa das fontes, para um passeio no imenso lago ou para ler um livro à sombra das árvores seculares.

Crucial foi, também, o contributo do resort criado há dois anos. Trata-se, na verdade, de um projeto de caraterísticas únicas classificado pelo site ArchDaily como um dos melhores do Mundo no seu género. Numa zona privilegiada do parque, com um enquadramento fascinante, foram construídas 13 eco-houses e duas treehouses que nos possibilitam uma comunhão perfeita com a natureza. No caso das ecohouses (casas ecológicas) estão disponíveis com configurações de um ou dois quartos, além de uma sala e uma kitchenette, ou seja, uma impressionante área de 86 metros quadrados.

A decoração é requintada e o conforto irrepreensível, a que se junta uma zona exterior em deck para as leituras de final de tarde, ou para as refeições em família. A construção em ardósia e madeira, os painéis solares para o aquecimento das águas sanitárias e a iluminação em LED são, apenas alguns dos exemplos do empenho colocado neste projeto integralmente português.

Quanto às duas tree-hoses, se é verdade que são um pouco mais acanhadas (ideais para um casal) têm o mérito de nos reconduzir ao imaginário da nossa infância; o nome não é mera operação de marketing uma vez que a implantação é, realmente, por entre os ramos de uma das fabulosas sequoias, com a cama literalmente

encostada à fabulosa janela que “paira” sobre a copa das árvores. Genial!

A apoiar esta estrutura encontramos o antigo Casino, impecavelmente reconstruido de acordo com a traça original e que agora serve para eventos, a casa de chá onde são servidas as refeições, um confortável bar onde à noite partilhamos entre os amigos as aventuras do dia, uma piscina exterior e, sobretudo, o requintado Balneário recuperado pelo arquiteto Siza Vieira de acordo com a traça original mas a que foi acrescentado todo o conforto e sofisticação dos tempos modernos.

AO REDOR

Percebe agora o porquê de elegermos o Pedras Salgadas Spa & Natural Park como o local ideal para esta viagem com o Mitsubishi Outlander Plug in Hybrid? Pois bem, se tivéssemos que apontar algo em que este hotel pode melhorar seria, precisamente, a criação de um ponto para o carregamento dos carros ecológicos. Mas não foi isso que nos impediu de uns belos passeios nas redondezas, a confirmar as vantagens da tecnologia Plug-in Hybrid que, esgotada a energia elétrica recorre ao motor convencional.

O Pedras Salgadas Spa & Natural Park é, com efeito, a base perfeita para a exploração de alguns locais de grande beleza, a uma distância relativamente curta. Para os amantes do cicloturismo existe a ciclovia que liga Pedras Salgadas a Vila Pouca de Aguiar, enquanto os fanáticos dos desportos de aventura e de contacto com a natureza não devem perder o Pena Aventura Park, em Ribeira de Pena. Com uma área de 16 hectares este imenso parque proporciona-nos uma multiplicidade de experiências que vão do “rafting” à escalada, trampolins, passeios de moto quatro e kartcross e, talvez sobretudo, o maior Fantasticable do mundo, uma descarga de adrenalina com uma extensão de 1538 metros que nos permite voar sobre as copas das árvores.

Para os apreciadores de “coisas” mais calmas, principalmente, de longos passeios em contacto com a natureza, diremos que uma semana não será demais para uma visita a esta região. A menos de duas dezenas de quilómetros chegamos, por exemplo, a Chaves, um convite a que nos percamos nas ruelas que partem do Castelo construído no séc. IX mas que teve um papel fundamental na Guerra da Restauração, no séc. XVII, altura em que foi ampliado.

Deixando a cidade e rumando a oeste, chegamos a Montalegre, onde um bom almoço (Posta, enchidos etc) pode, com facilidade, estender-se pelo resto da tarde. O melhor é que isso não aconteça, embora um passeio pela Barragem do Alto Rabagão, um dos maiores lençois de água da Península Ibérica uma vez que a albufeira estende-se por mais de 2200 hectares. As suas águas, ricas em peixes de diversas espécies, fazem também as delícias no verão, não faltando pequenas mas aprazíveis zonas para banhos.

Se em vez de subirmos para Chaves preferirmos explorar o Parque Natural do Alvão, um pouco mais a sul, os motivos de interesse não são menos relevantes. Bem pelo contrário, além de aldeias em pedra muito bem preservadas a paisagem é tão diversificada quanto deslumbrante. Deixamos Vila Real “de lado”, pois a cidade está demasiado descaraterizada, tomemos então, como porta de entrada, Mondim de Basto e passados 18 quilómetros encontramos a pequena povoação de Ermelo. A partir daqui siga as (escassas) indicações de Fisgas de Ermelo, uma fantástica queda de água que apreciamos desde uma respeitável ravina onde se recomendam grandes precauções. Jovens e mais afoitos, podem percorrer uma trilha com cerca de dois quilómetros que, na parte final, oferece uma sucessão de pequenas piscinas naturais.

De carro ou a pé através de trilhas muito bem marcadas, o passeio pelo Parque Natural do Alvão reserva-nos, na verdade, paisagens de que dificilmente nos esquecemos e são um complemento perfeito para umas férias em natureza.

Onde realmente carregamos baterias!

 

SIMPLICIDADE E EFICÁCIA

O Mitsubishi Outlander PHEV é bem a prova de que a tecnologia útil não tem que ter um preço inacessível. Mais, se fizemos bem as contas percebemos logo que o investimento inicial (48 000€) não tarda a ser compensado com a redução dos consumos. A marca japonesa anuncia uma autonomia em modo 100% elétrico que pode chegar aos 52 quilómetros, o que equivaleria a um consumo médio aos 100 quilómetros de 1,9 litros de gasolina mas, mesmo que esse valor seja algo otimista uma coisa é certa: para trajetos diários de 40 a 45 quilómetros é possível circular durante toda a semana apenas… com eletricidade.

O sistema do Mitsubishi Outlander PHEV tem por base um motor de 2.0 litros a gasolina (121 CV) e dois motores elétricos de 82 CV, um por cada eixo, alimentados por uma bateria de iões de lítio com uma capacidade de 12KWh. Esta pode ser carregada nas tomadas vulgares de 16 amperes (na nossa casa ao escritório, por exemplo) demorando cinco hora até termos uma carga completa que nos oferece, então, uma autonomia de até 50 quilómetros

O arranque processa-se sempre em modo elétrico e o motor de combustão só entra em funcionamento quando a carga da bateria desce abaixo dos 22%. Nessa altura podemos optar pelo carregamento em andamento, utilizando a energia produzida pelo motor e, também, durante a travagem e desaceleração, demorando cerca de 40 minutos até termos 80% da carga.

Depois de arrancarmos existem três modos de funcionamento: 100% elétrico, híbrido paralelo em que os motores elétricos complementam as capacidades do propulsor de combustão, para acelerações mais vigorosas, e hibrido em série, em que a propulsão é assegurada quase exclusivamente pelos motores elétricos, servido o motor a gasolina para “dar uma ajudinha” e para proceder ao carregamento das baterias.

O mais importante é que tudo isto é feito de forma simples e prática, com uma real eficácia que se materializa no prazer de condução e na redução dos consumos e emissões poluentes. Se as vantagens são por demais óbvias na utilização nos trajetos urbanos (e suburbanos), também nesta viagem longa a Trás-os-Montes, com predomínio de condução em autoestrada e, também, em estradas de serra, verificamos que o sistema funciona muito bem. Como dissemos, o arranque é sempre feito em modo elétrico que depressa se esgota em autoestrada. Porém, podemos proceder ao carregamento parcial durante esse trajeto e, assim, em andamento absolutamente normal de autoestrada, conseguimos chegar a chaves com um consumo médio de 8,2 litros aos 100 quilómetros.

No dia seguinte e após uma carga completa percorremos o Parque Natural do Alvão, com constantes subidas ingremes e descidas acentuadas, registando uma média de 5,9 litros. Ficámos agradavelmente surpreendidos!